A mortalidade da Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro está acima de 800 por milhão de habitantes, inferior apenas à observada em dois países: San Marino e Bélgica. A informação é do monitoramento do portal Covid-19: Observatório Fluminense, formado por pesquisadores e estudantes de instituições como Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), das áreas de matemática, engenharia e computação. O estado do Rio de Janeiro tem 440 mortes por milhão de habitantes.
Com índice de letalidade da Covid-19 em 9,63% e de mortalidade de 48,7 por 100 mil habitantes, o estado do Rio de Janeiro estaria em sétimo lugar no ranking mundial de mortalidade, se fosse um país. Na métrica de mortes por milhão, os dados analisados até o dia 13 de junho, situa o estado do Rio de Janeiro bem acima da posição do Brasil no mundo. O país está na 12ª posição, com 203,3 óbitos por milhão de habitantes.
Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta, na semana epidemiológica encerrada no dia 13, o mundo apresentou uma taxa de 54,6 óbitos/1 milhão.
“Dentre os países com população acima de 1 milhão de habitantes, a Bélgica apresentava o maior coeficiente (832,3/1 milhão), seguido pelo Reino Unido (611,0/1 milhão), Espanha (580,4/1 milhão), Itália (566,0/1 milhão) e Suécia (480,6/1 milhão)”.
A França aparece em sexto, com taxa de óbitos por Covid-19 de 450,0/1 milhão. Segundo o epidemiologista Átila Iamarino, a Bélgica aparece em primeiro porque inclui nas estatísticas todos os óbitos suspeitos de novo coronavírus e não apenas os confirmados. No Rio de Janeiro, por outro lado, a tendência é de subnotificação dos casos. A Uerj aponta que apenas 7,2% dos casos de covid-19 são confirmados.
No relatório dessa semana do Observatório Fluminense, os cientistas apontam que o número de casos confirmados e de óbitos por semana epidemiológica continua crescendo em várias regiões do país, enquanto governos estaduais e municipais reduzem as medidas restritivas e voltam a permitir a circulação mais ampla da população.
“Praticamente todos os entes federativos do Brasil ainda apresentam alto contágio (apesar de decrescente), exceções são vistas no AM, CE, em PE, e RR que apresentam sinais de redução. Por outro lado, outros estados como o RS, SC, PR, MG, GO, MS e MT apresentam curvas de progresso do contágio suave em comparação aos outros estados da federação”.
Quanto à mortalidade, os pesquisadores apontam estabilidade no número de registros por semana no país e queda em Alagoas, Amazonas, Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro.
(Com informações da Agência Brasil)