Um dia após o presidente Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) admitir a possibilidade de cancelamento definitivo dos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão) se não houver controle da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), nesta sexta-feira, 22, foi a vez do vice-presidente da entidade, John Cotes, afirmar que o evento pode deixar de ocorrer, mesmo com a descoberta de uma vacina contra a doença. Em decorrência da pandemia, a Olimpíada foi adiada para julho do ano que vem (de 23 de julho a 8 de agosto).
A declaração do dirigente que também preside o Comitê Olímpico Australiano (AOC, sigla em inglês) foi feita durante debate promovido pelo jornal australiano News Corp. O dirigente mencionou a situação do Brasil para justificar sua opinião.
“O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe diz que os jogos só podem acontecer em 2021. Não podemos adiar novamente e temos que assumir que não haverá vacina ou, se houver, ela não acontecerá. Temos problemas reais porque temos atletas que vêm de 206 países diferentes. Nessa quinta, houve 10 mil novos casos no Brasil”.
Até ontem, o Brasil registrava mais de 310 mil casos confirmados de Covid-19 e mais de 20 mil mortes. Em todo o mundo, foram registrados mais de cinco milhões de infectados e aproximadamente 334 mil óbitos.