Iniciou na manhã desta quinta-feira (29) a campanha de vacinação em massa no Complexo da Maré. Desde às 8h as vacinas foram aplicadas em moradores das 16 comunidades em pontos estratégicos. Às 10h, foi realizada a coletiva de imprensa com a participação do Secretário de Saúde do Município, Daniel Soranz, que aproveitou a oportunidade para destacar que muitas pessoas perderam parentes para a Covid-19 mas que é preciso olhar para a frente, e a vacina é a esperança de sair desse momento que estamos vivendo.
— É um dia muito especial para os moradores da Maré que poderão se vacinar, estar protegido contra a covid-19, mas é um dia mais especial ainda para a ciência e a prefeitura do Rio de Janeiro, quanto para a Fiocruz. Momento que a gente vai poder avançar na produção de conhecimento, comenta o Secretário.
Na sequência, ele comenta que para além de ser um grande dia para a Maré, é também para a ciência, por ser um momento de possibilidade de avanço na produção de conhecimento em relação ao que irá acontecer na dinâmica de imunização das comunidades. E também, que esse processo de vacinação não virá sozinho, mas acompanhado de uma série de outros serviços públicos na área da saúde e educação.
Durante o dia estiveram em curso duas ações de conscientização, com foco principal em chamar os jovens para informá-los, assim como ações de pesquisa e aprofundamento de uma série de questões que estavam carecendo de respostas, em relação a efetividade da vacina.
Eliana, Direto da Redes da Maré, diz que o trabalho realizado ontem é de grande importância, pois representa a materialização de um processo de mobilização que já vem sendo realizado a bastante tempo na Maré. “Pensar a vacinação em massa da população, dentro de uma região com 16 favelas e 140 mil pessoas, em uma escala coletiva, é algo muito importante e animador dentro de um trabalho de tentar mudar as condições de vida dessas pessoas.”
Para Camila Alexandre, 27 anos, moradora que foi vacinada, comentou sobre a campanha e a urgência de vacinação em massa e de forma rápida para a população que vive em periferias, pois estas são as que possuem menos instrução e acesso à saúde de qualidade.
“Trabalhei como agente comunitário em Nova Holanda e voltar para cá e fazer esse trabalho foi absolutamente incomparável com qualquer experiência nos meus 61 anos que pude ter na minha vida”, finalizou Valcler Rangel, Pesquisador da Fiocruz e Coordenador do estudo.
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