De acordo com o Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQP+, que reúne representantes de torcidas LGBTQIAP+ de diversos clubes brasileiros, em 2022, foram registrados 74 casos de LGBTQIA+fobia no futebol e 42 foram em 2021, o que mostra um crescimento de 76%.
As informações trazem relato de situações de dentro de estádios, nos veículos de comunicação e na internet e foram divulgadas no último dia 17 de maio, Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia.
Nos últimos anos, a entidade se mobilizou para enviar denúncias de homofobia no futebol ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O coletivo teve apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e detalhes do levantamento será publicado no próximo em julho.
A pesquisa constatou que os números vêm crescendo desde 2020 (quando houve 20 registros), mas aquela foi uma temporada atípica para o futebol por conta da pandemia de covid-19.
Apesar de campanhas e da ameaça de punições financeiras ou desportivas aos clubes, os casos seguem se acumulando. No último domingo (14), o jogo entre Corinthians e São Paulo chegou a ser interrompido por gritos homofóbicos de corintianos como forma de ofensa ao clube rival. Após o telão do estádio exibir mensagem contra os cantos discriminatórios, houve manifestações homofóbicas ainda mais inflamadas.
Em postagem nas redes sociais neste 17 de maio, o Corinthians defendeu que o esporte se torne um espaço de “orgulho e acolhimento”, e fez menção indireta ao episódio. “Aproveitamos a data para reforçar a urgente necessidade de construirmos um mundo melhor e sem espaço para qualquer forma de preconceito, principalmente em nossa arena”, diz a postagem.
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