Com o objetivo de estimular a criatividade, o pensamento crítico e o senso de pertencimento entre jovens estudantes de Salvador, o Coletivo Arte Marginal Salvador e cinco grupos parceiros se reuniram para realizar o projeto “Arte de Rua nas Escolas”. A iniciativa acontece entre junho e novembro, em duas etapas. Na primeira, os coletivos visitam seis escolas públicas com suas produções artísticas, e na segunda, os estudantes são convidados a participarem da programação na Casa do Museu Popular da Bahia, localizada no bairro Fazenda Grande do Retiro.
Capitaneado pelo Coletivo Arte Marginal Salvador, o projeto reivindica a expressividade da Arte de Rua e difunde, com entusiasmo e compromisso, a ideia de uma educação cidadã e libertadora. Reconhecido por seu engajamento comunitário e sua atuação no universo da arte urbana, o Coletivo Arte Marginal Salvador traz consigo uma bagagem de experiências enriquecedoras para compartilhar com as escolas participantes.
O projeto “Arte de Rua nas Escolas” abrange uma variedade de atividades que incluem apresentações de música, performance, graffiti, fotografia e teatro de rua, além de rodas de conversa sobre a importância da Arte de Rua como ferramenta de transformação social. “Através dessas ações artísticas nos espaços educativos, queremos proporcionar aos jovens novas perspectivas sobre o mundo ao seu redor”, destaca a arte-educadora Luana Gomes, proponente do projeto.
A primeira etapa do projeto acontece entre 12 de junho e 14 de agosto e contará com apresentações do Coletivo SOMA (música), Coletivo Arte Marginal Salvador (performance), Grupo de Arte Popular A Pombagem (teatro), Coletivo Pixo Rua (arte urbana), Click Coletivo (fotografia) e Coletivo da Casa do Museu Popular da Bahia (museu). Todas as apresentações serão seguidas de roda de conversa com os estudantes.
Na segunda etapa, os seis coletivos irão produzir uma exposição colaborativa intitulada “O Museu é a Rua”, na Casa do Museu Popular da Bahia. Todas as linguagens artísticas apresentadas nas escolas também estarão presentes nessa exposição. A ideia é aproximar ainda mais os jovens de uma ideia descentralizada de museu, incentivar a formação artística e combater os estigmas sociais ligados à arte de rua.
“Queremos com o projeto ‘Arte de Rua nas Escolas’, transformar o cenário cultural das escolas locais e aproximar os jovens estudantes da cultura de rua e da diversidade artística que caracteriza a capital baiana”, conclui Luana Gomes.
O projeto ”Arte de Rua nas Escolas” foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
PROGRAMAÇÃO (1ª ETAPA DO PROJETO)
Acompanhe em: @apombagem
12 de junho, às 14h – Coletivo SOMA (música) visita o Colégio Estadual Professor Rômulo Almeida;
19 de junho, às 14h – Coletivo Arte Marginal Salvador (performance) visita o Colégio Estadual de Aplicação Anísio Teixeira;
3 de julho, às 14h – Grupo de Arte Popular A Pombagem (teatro) visita o Colégio Estadual Santa Rita de Cássia;
17 de julho, às 14h – Coletivo Pixo Rua (arte urbana) visita o Colégio Estadual Nelson Mandela;
31 de julho, às 14h – Click Coletivo (fotografia) visita o Colégio Estadual Cesare Casalli;
14 de agosto, às 14h – Coletivo da Casa do Museu Popular da Bahia (museu) visita o Colégio Estadual Dom Avelar.
Sobre o Coletivo Arte Marginal Salvador
Surgido em 2009 nos bairros de São Caetano e Fazenda Grande do Retiro, o coletivo de artistas de rua atua com ações museais fora do museu convencional. Residente na Casa do Museu Popular da Bahia, o Arte Marginal Salvador insere-se no segmento das artes integradas com foco nas Artes Visuais e na Museologia Social. Em 2015, realizou o Festival de Artes Integradas “Renascer das Artes”, com a presença do músico Mário Ulloa e do artista visual Menelaw Sete; em 2016, participou da 14a Semana Nacional de Museus ocupando o Palácio da Aclamação, com o Projeto “Renascer das Artes: do Tempo das Musas ao Ciberespaço”, com exibição audiovisual, exposição coletiva e performance; em 2017, participou da 15a Semana Nacional dos Museus, promovendo uma ação cultural, intitulada “Renascer das Artes: O Museu é a Rua”, em ruas e praças de Castelo Branco; em 2018, participou da 16a Semana Nacional dos Museus, ocupando a Praça das Artes no Pelourinho, com o Projeto “Renascer das Artes: Musealizando”, com apresentações musicais, intervenção de artes visuais e espetáculos de ruas; em 2019, realizou o projeto “O Museu é a Rua”, em parceria com o Grupo de Arte Popular A Pombagem, com o apoio do edital da FGM; em 2021, realizou o projeto “A Rua é o Museu do Povo”, com o apoio da Lei Aldir Blanc / FUNCEB; em 2024, o coletivo participou, com o Grupo de Arte Popular A Pombagem, da Residência Artística “O Museu é a Rua” – Programa de Residência do Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-Ba.