Quebrar as barreiras da língua, interagir com as diversas culturas, promover igualdade e harmonia em uma sociedade horizontal contra o individualismo e o capitalismo por meio da cultura comunitária a partir de um pensamento latino-americano. Assim pode ser definida a temática do colóquio Latino-Americanidades: Cultura Viva Comunitária e as Políticas Culturais na América Latina, realizado ontem, 06, na Fundação da Casa de Rui Barbosa.
A mesa de discussão contou com as presenças dos articuladores Jairo Afonso Castrillón (Colômbia), Eduardo Balán (Argentina), Nelson Ulluari (Equador), Emiliano Fuentes Firmani (Argentina), Javier Maraví (Peru), Milagros Lorier (Uruguai), Alexandre Santini (Brasil) e Isaac Peñaherrera (Equador).
O evento, parceiro do I Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária, apresentou a definição do que é Cultura Viva Comunitária, um breve histórico sobre o Programa Ibercultura Viva e a organização do III Congresso Latino-americano de Cultura Comunitária, a ser realizado em Quito, Equador, no fim do ano.
Os convidados fizeram uma análise sobre as políticas culturais no Brasil e em outros países da América Latina, além de refletir sobre o que é ser comunitário. Eduardo Balán ressaltou o papel da cultura na superação das desigualdades impostas pelo modelo econômico vigente no mundo:
– A cultura popular pode ser esse triunfo. Devemos ser uma sociedade que possa transceder e que supere o capitalismo. Somos otimistas. Temos esperança de um modelo que supere as práticas do capitalismo, afirmou.
Ao final do evento, aconteceu o pré-lançamento do livro Cultura Viva Comunitária: políticas culturais no Brasil e na América Latina, de Alexandre Santini, que analisa e descreve historicamente a trajetória das políticas culturais em países latino-americanos. O livro ganha lançamento especial hoje durante a abertura do I Encontro Latino-Americano de Comunicação Comunitária, que acontece no Reserva Cultural, em Niterói, às 19h.