Após ter sido anunciada a nova base salarial prevista para o próximo ano, pude perceber comentários irônicos nas redes sociais depois que os apresentadores do Jornal Nacional usaram a frase: “Pela primeira vez na história o salário mínimo tem um aumento superior a mil reais”; como se mil e R$ 2 fossem muita diferença. Mas o decreto presidencial foi que a base é de R$ 954, reajuste de R$ 17 em relação ao salário mínimo vigente R$ 937, segundo fonte de pesquisa. O fator que fez a inflação ficar estável foi o desemprego superando os 12%, tornando o poder de compra grande, médio ou pequeno.
Mesmo com o aumento não significante, ainda vemos que para uma dona de casa que, além dela, tem quatro, cinco bocas para alimentar dentro de sua residência, o valor nos põe na condição de extrema miséria. Em um país repleto de riquezas naturais, nossa elite as coloca em oferta para o estrangeiro explorar, enquanto deixa nosso país em crise, quando deveríamos ser potência mundial.
Só para comprovar o que estou falando, possuímos o maior minério de ferro, o exportamos em um valor barateado para depois comprarmos produtos mais caros. Se fossemos falar de carros, um Camaro produzido no Brasil é mais caro do que nos Estados Unidos.
Essa prática de oferecer nossas riquezas para o estrangeiro e deixar nosso povo padecendo, seria resultado do pós-colonialismo?
Ainda somos frutos da escravidão, onde a ascensão social do menos favorecidos tem sido dificultada pelas políticas públicas atuais, resultado da má gestão de um presidente que carrega o título de maior reprovação da história (ele próprio declarou que não estava vindo para ser popular ao assumir o cargo).
Passamos por tempos sombrios, mas na esperança de que nosso grito de liberdade seja ouvido e que possamos evoluir economicamente, permitindo que nossa pátria mereça as duas palavras que carrega na bandeira: “Ordem e Progresso”.