Os cálculos de diversos veículos da imprensa norte-americana, como Associated Press, New York Times, NBC e CNN, confirmam que Joe Biden é o novo presidente dos Estados Unidos. O democrata alcançou a marca de mais de 270 delegados neste sábado, (7). Número suficiente para ser eleito, sem que Donald Trump consiga uma reviravolta nos resultados. A repórter norte-americana que mora no Rio de Janeiro, Catherine Osborn, diz que a vitória de Biden é vista como uma forma de restaurar o país para um estado mais convencional de governo.
Com a derrota do republicano, Donald Trump, o governo de Jair Bolsonaro perde um grande aliado. Esse alinhamento, muito mais ideológico do que propriamente político, entre Bolsonaro e Trump, trouxe, de acordo com especialistas, mais custos do que benefícios ao Brasil. A vitória de Biden incorporará na agenda entre os países temas como: meio ambiente e direitos humanos. Pautas constantemente ignoradas e diversas vezes desprezadas nas falas do presidente Jair Bolsonaro.
Mesmo com as divergências, especialistas afirmam que o Brasil não será deixado de lado, pois, ainda é visto como um país de relevância. Segundo Catherine, a vitória eleitoral de Biden pode fazer com que a maneira de governar de Bolsonaro seja estremecida. “Um presidente altamente divisor e caótico, não pode sobreviver politicamente para sempre quando existe uma união que propõe uma oposição coerente e que fala abertamente para o povo sobre como melhorar seu bem-estar”.
Além disso, a nova política democrata muda o fator de enfrentamento ao novo coronavírus no país americano. Segundo o professor Mariano Magalhães, morador de Iowa, Estados Unidos, a eleição de Biden traz alívio nesse aspecto. “Tem muito menos a ver com a vacina. Tem a ver com como o governo norte-americano vai derrotar a pandemia, já que o Trump não estava fazendo nada”, afirma. O não enfrentamento da Covid-19 é também uma característica do governo de Jair Bolsonaro.
Leia mais: Por que candidatos aliados a Bolsonaro são perigosos à democracia?