De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), divulgado na última terça-feira, 22, o estado registrou 273.233 casos da Covid-19, com 6.764 mortes pela doença, entre os dias 31 de agosto e 20 de setembro. Só na capital já foram registrados 38.212 casos, e 1.167 óbitos devido ao coronavírus.
Apesar do alto número de casos, serão liberados, em Belo Horizonte, a partir deste sábado, 26, clubes sociais, música ao vivo em bares e restaurantes e a tradicional Feira Hippie. A feira, que funcionava apenas na região da avenida Afonso Pensa, agora vai ocupar um espaço maior, entre a avenida Carandaí e a Praça Sete, para garantir o distanciamento entre as barracas.
Os bares e restaurantes vão poder funcionar de segunda-feira a domingo, das 11h às 22h, com bebida alcoólica de quarta a sexta-feira das 17h às 22h e no fim de semana, das 11h às 22h. Lojas, shoppings, academias, salões de beleza e parques já estão funcionando.
Larissa Costa, 31, coordenadora da ONG Moradores de Ruas e seus Cães (MRSC), diz que continua mantendo a rotina de precauções após o anúncio da prefeitura sobre mais um avanço das atividades comerciais. Ela acredita que a economia precisa voltar a circular na cidade, mas fica dividida quando observa o movimento de pessoas que agem como se não houvesse mais riscos de contaminação. “Olhando pelo lado da saúde, o cenário ainda é muito incerto. O ideal seria aguardar a vacina, mas como não há uma previsão a curto prazo, fica complicado esperar mais”, comenta.
O estudante de jornalismo Felipe Basílio, 22, ano, diz que, atualmente, está mais desatento, mas continua usando máscara e sai para encontrar amigos por não aguentar mais ficar em casa. Ele não confia que a reabertura das atividades será feita de forma segura porque alega não ter sido planejada por especialistas da saúde.
A técnica em informática Lígia Azevedo, 38 anos, diz que só ficou em casa no primeiro mês de pandemia. Com a necessidade de trabalhar todos os dias e pegar ônibus, não teve como cumprir com o isolamento. “Tudo na vida tem uma balança. Não tenho medo do vírus porque tomo os cuidados, mas quem frequenta festas e sai sem precisar está sendo irresponsável e deveria pensar mais no próximo”, alerta. Ela diz que muitos lojistas faliram e que o comércio deveria estar aberto desde o início, seguindo os mesmos cuidados de agora.
Para o professor Fábio Martins, 45 anos, não é possível relaxar. Com problemas respiratórios, ele não descuida das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O funcionamento das lojas não é novidade para ele. “Aqui no Aglomerado nunca nada foi fechado e no asfalto parece que o corona nunca existiu, pois as pessoas usam máscaras debaixo do nariz”, relata. Fábio teme pelas vítimas de classes mais carentes, pois são as mais vulneráveis.
Sintomas
Os principais sintomas da Covid-19 são: febre, tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar. A transmissão da doença pode ocorrer por contato com pessoas infectadas ou superfícies que tenham o vírus, respirando no mesmo ambiente ou tocando em algo que uma pessoa infectada tocou.
Orientações das autoridades de saúde
Para se proteger é importante seguir as medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e, de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las. O álcool em gel também é recomendado para higienizar as mãos e limpar objetos como telefones, teclados, cadeiras e maçanetas.
Esta matéria foi produzida com apoio do Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo do Google News Initiative.