Na manhã de ontem, 29 de janeiro, equipes da Polícia Federal (PF) cumpriram mandato de busca e apreensão na mansão do filho 02 de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
O parlamentar é suspeito de ser um dos destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ainda sob o comando de Alexandre Ramagem.
Um computador da Agência foi apreendido na casa do militar Giancarlo Gomes Rodrigues, também alvo da operação da PF. Rodrigues é ex-assessor do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a agência durante o governo de Jair Bolsonaro. A mulher desse militar é servidora da Abin.
A PF apreendeu o computador para saber quem usava o equipamento. Investigações da PF e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, dão conta do esquema da “Abin paralela”, montada para favorecer Bolsonaro, seus familiares e aliados.
A operação de espionagem assemelha-se ao esquema ilegal montado no período da Ditadura Militar, que espionava cidadãos de maneira não oficial, com propósito de antever ações e perseguir grupos julgados pelos militares como inimigos do regime.
Muitas perguntas ainda estão sem resposta. A verdade é que cerca de 10 mil smartphones foram rastreados irregularmente, dando origem a um grande esquema de espionagem aos opositores que, a julgar pelo ponto de vista do então presidente Jair Bolsonaro, eram algozes do seu governo.
Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ), é o filho 02 do ex-presidente, no seu sexto mandato como vereador pela cidade do Rio de Janeiro, responsável pela estratégia de campanha e comunicação de seu pai nas eleições de 2018 e seria, até então, coordenador da campanha eleitoral de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio.
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