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A comunicação pode ser definida não apenas pela compreensão do que foi dito, mas, também pelo modo iniciado, com várias maneiras de expressão, sendo a verbal que desde o nascimento do homem é vista como um código de língua, podendo ser oral ou escrito.

Nesse meio encontramos também a linguagem não verbal que pode ser definida por expressões faciais e corporais ou até mesmo os símbolos, dessa forma comunicar nada mais é que interagir.

Inegavelmente, a massa por ser um grupo amorfo, sem face de eleitores, ouvintes e espectadores, torna-se diferente da comunicação digital, onde a liberdade de expressão pode potencializar via mídias digitais, possibilitando a interação dos seus, diferente da comunicação de massa que com tudo, não interage e não reconhece aqueles que participam do conjunto.

E com o passar dos anos e o surgimento de novas tecnologias o compartilhamento de dados se tornou cada vez mais frequente, na maioria das vezes ou quase sempre eles acontecem de forma sublimar, sorrateiramente fazendo com que seus atores não tenham ciência do que estão fazendo.

Entretanto, esse compartilhamento também é feito de forma visível e sórdida, que acontecem nos momentos onde alguém está necessitando de algo para satisfazer suas necessidades.

Podemos chamar de necessidades, ou o meio em que vivemos atualmente é tão perverso a ponto de nos cegar e fazer acreditar que simples desejos supérfluos agora têm nome de necessidade?

O poder da mídia já é tão grande que hoje compartilhamos tudo sem o mínimo esforço.

E o que muitos não sabem é que, uma vez oferecendo os dados (um bem de grande valor para a indústria), como resultado, diversas formas de lucratividade passam a gerar interação aos seus clientes ao entender que quanto mais se oferece mais pode ser recebido em retorno podendo induzir no processo de escolhas e opiniões.

Indução essa que afeta não apenas o setor econômico, como pode afetar fatalmente o meio político.

A prova disso é o que podemos ver com resultado as últimas eleições do Brasil e dos Estados Unidos.

O filme “Privacidade Hackeada”, é de extrema importância para entendermos todo esse processo que se iniciou de forma totalmente errada, onde os dados foram usados como arma.

O Facebook, plataforma responsável pela coleta de dados, foi o meio pelo qual aconteceu a grande reviravolta nos EUA.

Através do teste de personalidade instalado no Facebook e com apenas um clique todos os dados eram coletados e dos seus amigos também, você não precisava entrar ou usar o aplicativo, bastava apenas ser amigo de alguém que já tinha participado do teste.

Toda sua rede de amigos era afetada, eles não estavam focando na pessoa só como eleitor, você era visado como uma personalidade e como visto no filme era necessário 200 mil pessoas para construir um perfil psicológico de cada eleitor nos EUA.

Algo que após ser revelado foi considerado imoral porque continha informações pessoais, algo feito sem consentimento e pior por ser no processo democrático.

O Facebook, sempre soube dessa coleta de dados que ajudaria na campanha do atual presidente Donald Trump, e o próprio Mark Zuckerberg tinha conhecimento sobre tudo que estava acontecendo.

Isso nos mostra o quanto o capitalismo move as pessoas e quanto a privacidade do indivíduo está se tornando cada vez mais pública comprovando o crescimento do mercado de dados a cada ano que passa.

As pessoas diante de tantas mensagens falsas disseminadas ficam sem saber para onde olhar pois o sistema é muito bem articulado, as mídias são dominantes de tal maneira que transmite aquilo que é favorável para eles, para que possam continuar lucrando e sendo detentores do poder e que a classe baixa continue sendo marginalizada.

Não precisa fazer muito para perder a privacidade, basta ter um aparelho com Android e pronto, você está na rede, dizendo sim para todas as propagandas que aparecem no celular mesmo sabendo que tudo que você diz está sendo gravado, agora pare e pense, e aquelas pessoas que não fazem ideia do que está acontecendo?

Que ficam felizes ao abrir o Instagram e ver na timeline aquele produto que você comentou com seu amigo a 5 minutos atrás sem imaginar que está sendo vítima da coleta de dados.

Hoje a vida está afetada de todas as formas, não temos paz, mas espera um pouco, nós temos o livre arbítrio de escolher e ainda assim preferimos ser reféns dessa tecnologia midiática.