Em Niterói, pelo segundo ano o desfile aconteceu à beira da Baia de Guanabara, com vista para a cidade do Rio de Janeiro. O Caminho Niemeyer recebeu e evento que antes ocorria na Rua da Conceição, no centro da cidade, em frente a Estação das Barcas.
Na sexta-feira, primeira noite de desfiles da cidade, as Escolas do Grupo A, que é o grupo especial do samba niteroiense, demonstraram que as agremiações da Município sabem fazer um carnaval no melhor qualidade.
Escolas na avenida em Niterói
A primeira escola da noite foi a Cacique da Jão José, escola da Rua São José, comunidade da zona Norte da cidade. Em seguida veio a Unidos da Região Oceânica, que representa o Bairro de Várzeas das Moças, zona leste. Depois foi a vez da Souza Soares, representando a comunidade do mesmo nome na região das praias da Baia, no Bairro de Santa Rosa.
Magnólia Brasil, comunidade que fica localizada no início da Alameda São Boaventura, deu continuidade à noite festiva, trazendo para a passarela do Samba o enredo Um Sorriso Negro, que exaltou a história da saudosa Dona Ivone Lara.
Mantendo o clima alto astral, o Experimenta da Ilha, comunidade que fica na divisa do centro da cidade e a zona norte, trouxe os moradores do Morro do Mink para fazer a festa.
Fechando o bloco, a Folia da Viradouro, comunidade do Bairro da Santa Rosa, onde se originou a Vice-campeã da Sapucaí deste ano, Unidos da Viradouro, levantou a galera.
Ela, que venceu os desfiles do ano passado, apresentou uma escola com fantasias, adereços e carros que não perdiam em nada para os desfiles do Sambódromo do Rio. “Desfile de alto padrão”, disse um dos foliões ao ver a escola passar.
O último bloco da noite foi iniciado pela comunidade da Bernadino, que fez uma passagem esplendorosa com a Alegria da Zona Norte. Em seguida, veio uma das Escolas que mais levantou o público e que aparece como uma das favoritas ao campeonato, Sabiá, da maior favela da zona norte da Cidade, a Vila Ipiranga, que fica no Bairro do Fonseca.
Resistência
O samba da Sabiá diz “de punho serrado, em ato de resistência, o meu samba é manifesto, é raiz da nossa essência”, refrão que, acompanhado com a bateria nota dez, do mestre Felipe Bruno, fez os foliões caírem no samba e as arquibancadas tremerem. A escola apresentou na passarela a luta dos injustiçados, tendo familiares de pessoas pretas mortas injustamente abrindo o desfile.
A última escola da noite foi a Mocidade de Icaraí, dando espaço para a comunidade do Morro do Cavalão, na zona sul da cidade apresentar o seu carnaval.
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