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Fundada há 27 anos, a Associação Cultural Casa do Beco surgiu a partir do trabalho artístico do Grupo Beco, criado em 1995 por jovens da comunidade. Os encontros para ensaios e oficinas eram organizados pelo dramaturgo, ator e diretor teatral Nil César, morador da região. A casa está situada no Aglomerado Santa Lúcia, segunda maior favela da cidade de Belo Horizonte.

Os participantes do Grupo Beco buscavam através do teatro meios de investir na própria formação artística e técnica para se profissionalizarem. Em 2003, conquistaram o espaço físico para manterem as atividades, mas só em 2010, com a iniciativa dos moradores e moradoras do Aglomerado, a Casa foi reconhecida como um Ponto de Cultura pelo Programa do Ministério da Cultura, através do edital da Secretaria Estadual de Minas Gerais.

Hoje o Centro Cultural atende tanto os moradores do Aglomerado, como das comunidades próximas, com um teatro com capacidade para um público de 100 pessoas, uma biblioteca e salas destinadas a ensaios e cursos. A Casa tem diversas atividades e turmas. São destaques, o Grupo Teatral Entre Elas, o Grupo Beco, a Cia Movimento do Beco e o Cine Beco. Esses coletivos artísticos buscam a profissionalização de seus integrantes, qualidade de vida, além de realizarem pesquisas artísticas, montagens e circulações de seus espetáculos.

No ano de 2020, a Instituição foi escolhida para fazer parte da Falcons University e, em 2021, recebeu o convite para ser uma das Fellows da Rede Gerando Falcões. No mesmo ano, foi selecionada para integrar o processo VOA/Ambev (Programa de Excelência) que continuou no segundo ano, em 2022.

Atualmente, Nil César coordena o Grupo Beco e é diretor de articulações estratégicas da Casa do Beco. Ele fala sobre a importância de promover o desenvolvimento humano e a transformação social, utilizando como ferramentas as atividades artísticas, especialmente o teatro. “Mais do que formar artista, a nossa proposta é formar cidadãos. A gente se sente realizado quando transita nos becos e encontra com um ex-aluno que diz que aprendeu na Casa do Beco a sonhar e a ter perspectiva de futuro”, completa.

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Erlaine Grace
A paixão por escrever veio quando aprendi a ler meu nome e peguei num lápis pela primeira vez. A necessidade de registrar tudo em palavras existe muito antes de eu aprender no Jornalismo e em Letras , quais são os gêneros textuais e como são os formatos de cada texto. Atuei como Assessora de Comunicação na área cultural e trabalhei com o jornalismo impresso. Sou amante do rádio e aspirante da TV. No jornalismo on-line encontro a oportunidade de explorar todas as áreas da minha formação, agregando todos os formatos de mídia num só lugar. Para mim, a felicidade plena de um ser humano acontece quando ele tem a possibilidade de ser livre para ser o que nasceu pra ser, dando vida ao dom natural que cada um tem, e praticando o que vem da própria essência.