Sol Nascente, com 150 mil moradores, tem três escolas públicas e uma creche. FOTO: Ester Cauany

A cerca de 30 km do Planalto Central, a favela Sol Nascente, atualmente a maior do país, faltam políticas públicas que possam garantir saneamento básico, segurança alimentar e oportunidades de emprego. A região, que cresceu drasticamente nos últimos 10 anos tem hoje 32.081 mil domicílios.

O líder comunitário da Sol Nascente, Édson Batista, 44, afirma que um dos maiores problemas locais é a insegurança alimentar. Boa parte das famílias que vão os CRAS estão à procura de auxílios relacionados à fome. “Aqui, vão atrás de benefícios de alimentação. Muitas crianças se alimentam nas escolas”, relata.

Dividida em três trechos e com mais de 150 mil moradores, o Sol Nascente dispõe apenas de três escolas públicas e uma creche, inaugurada em novembro de 2021 pelo Governo do Distrito Federal (GDF). “Muitas vezes as mães perdem oportunidade de trabalhar porque os filhos não estão na creche ou deixam com os mais velhos, que por Sol Nascente, com 150 mil moradores, tem três escolas públicas e uma creche isso, acabam evadindo das escolas”, explica o líder comunitário.

Para Édson, com a falta de provisão do GDF os moradores da região costumam contar cotidianamente com presença de organizações sem fins lucrativos, que auxiliam cotidianamente as famílias que mais necessitam de amparo social, levando alimentos, roupas e até kits de higiene. “Temos o apoio das associações que desenvolvem o trabalho que era para o governo desenvolver”, critica.

O Distrito Federal, mesmo que relativamente pequeno, tem diversas periferias e cada uma delas é diferente. De maneira potente, Sobradinho, São Sebastião, Ceilândia, Sol Nascente, Paranoá e Santa Maria geram renda, cultura e educação.

Para o geógrafo Carlos Maia, 46, a primeira favela do Distrito Federal, a Cidade Livre, foi determinante para a formação de outras favelas. “Os trabalhadores da construção de Brasília não tiveram suporte do governo para reconstruir suas vidas”, afirma. “Muitos passaram maus bocados. Sem dúvida, houve uma falha do Estado para quem veio construir Brasília”.

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