“O que são as danças urbanas quando ela é reproduzida pelo nosso corpo, brasileiro, preto e favelado?”, foi a pergunta que deu origem ao Instinto Efeito Urbano. Tudo começou como uma manifestação cultural, e hoje o Instituto realiza ações permanentes sociais no Morro da Providência, a primeira favela do Brasil, localizada na Região Central do Brasil, com mais de 4.800 moradores.
Com o objetivo de incentivar a criação de novas narrativas que fortaleçam o pertencimento territorial e o direito à cidade, contribuindo no combate ao racismo e LGBTfobia, promovendo a inclusão sociocultural e a democratização do acesso à formação artística, o instituto nasceu de uma demanda observada dentro do grupo de dança, que atualmente é um dos projetos que ocorrem dentre tantos outros.
O trabalho realizado dá voz aos alunos, os ajuda a criar identidade, o que mais tarde acaba revelando muitos líderes. “Dentro do instituto os jovens desenvolvem um papel de coletividade muito grande, sabe? No qual eles abraçam as causas das pessoas, se aproximam. Eles me abraçaram, eu era uma das mais velha, ou a mais velha, eu posso dizer assim, do grupo, começando a dançar com eles e não houve nenhum tipo de descriminação, muito pelo contrário, fui muito bem aceita!” conta Nancy, de 55 anos, aluna do projeto Mulheres Urbanas.
AÇÕES E PROJETOS
Além do Grupo Efeito Urbano, a primeira companhia de dança do Morro da Providência, que começou timidamente em 2011, que percebeu que a técnica desenvolvida ali não se encaixava em qualquer modalidade, concluíram que a dança do Efeito Urbano é a dança urbana negra periférica.
INSTITUTO EFEITO URBANO
“O Instituto Efeito Urbano, surge do sonho de transformar a produção artística, formando artistas e incentivando produtores periféricos a realizarem grandes produções, de pisarem em grandes palcos. Além da construção de base na iniciação e formação artística, tem outros cuidados que é o que mantém o bom trabalho da instituição, a gestão atua diretamente com os alunos” explica Ellen Costa, fundadora, que tem uma preocupação de manter uma comunicação afetiva, uma relação acolhedora não só com os alunos mais também com os colaboradores.
A direção e coordenação artística ficam por conta da Juliana Mello, co-fundadora do instituto, e junto com Ellen, aborda pautas importantes para sociedade durante o contato com os alunos, gerando uma troca de saberes importantíssima. O processo da criação de laços é importante para as gestoras, isso faz parte do processo de construção que atravessa a dança e vai para a discussão de sociedade.
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