Nos dias 23 e 24 de abril, das 9h às 18h, o Conselho Pastoral de Pescadores e Pescadoras da Bahia e Sergipe (CPP – Ba/Se) realizará o seminário “Impactos do Racismo Ambiental sobre a Vida das Crianças, Adolescentes e Jovens”. O evento vai acontecer na Escola Medalha Milagrosa – Travessa Lydio de Mesquita, Rio Vermelho. O seminário tem como objetivo a sistematização das informações e dados sobre temática nas comunidades pesqueiras localizadas na Bahia e Sergipe. O evento contará com o apoio institucional da ActionAid, da UNICEF, do Coletiva Mahin, Iyaleta – Pesquisa, Ciências e Humanidades, e do Geledés – Instituto da Mulher Negra. Organizações que participarão das mesas de debates, construção coletiva de diagnóstico e plano de ações para as comunidades pesqueiras participantes.

As desigualdades sociais colocam uma grande parcela da população brasileira em situação de vulnerabilidade social, especialmente em comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, pescadores e marisqueiras. Isso se reflete no acesso limitado ou a total falta de acesso de serviços básicos como saneamento, moradia digna, alimentação, saúde, além da exposição constante às violências sociais, como invasão de suas casas e territórios, esse cenário é conhecido como Racismo Ambiental.

Programação

  • 23 de abril:
    Manhã
  • Mesa de debate: “Racismo Ambiental: Conceito e Impacto na Vida das Crianças, Adolescentes e Jovens”. Participação de Letícia Leobet (assessora internacional do Geledés); da doutora em saúde pública Emanuelle Góes (Iyaleta e integrante do GT Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva/ABRASCO). O Coletiva Mahin participa deste debate trazendo uma fala a respeito do “Racismo na Infância”.

Tarde

  • Trabalho de grupo: “Diagnóstico dos Impactos do Racismo Ambiental na Vida das Crianças, Adolescentes e Jovens”, com foco nos efeitos e consequências, na atuação dos órgãos políticos e ambientais, e principalmente para compreender quais iniciativas as comunidades e seus parceiros podem vir a realizar.
  • 24 de abril:
    Manhã
  • Trabalho de grupo: “O que fazer frente a esta realidade?” e “Como dar visibilidade?”, com objetivo de desenvolver perspectivas de ações de combate ao Racismo Ambiental

Tarde

  • Mesa de Debate: “Abuso Sexual Infantil – Desafios, medidas de proteção e encaminhamentos”, com a participação de representantes da Caritas Brasileiras – organismo da CNBB com atuação em Direitos Humanos e Desenvolvimento Sustentável – e a Chefe do Escritório do UNICEF em Salvador, Helena Oliveira.

Vale pontuar que, de acordo com um estudo do UNICEF em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre os anos de 2017 e 2020, 180 mil crianças e adolescentes sofreram violência sexual no país, uma média de 45 mil por ano. Atualmente, o Brasil conta com a Lei 13.431/2017 (Lei da Escuta Protegida).