Conselho Tutelar: um espaço de disputa

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O município do Rio de Janeiro está passando por um período de eleição para conselheiras e conselheiros tutelares, os quais devem representar os interesses da sociedade civil, considerando os direitos da crianças e do adolescente. O conselho Tutelar é um órgão que é fruto de lutas das classes trabalhadoras, visto que muitas crianças têm os seus direitos violados.
Os conselheiros precisam atuar de forma responsável, série, organizada a fim de assegurar a proteção social de crianças e adolescentes, tendo o Estatuto da Criança e do Adolescente como referência para a atuação, deixando de lado suas crenças religiosas, credos e valores morais para a atuação.
Deixar de lado crenças religiosas, credos e valores morais significa dizer que na vida das crianças e adolescentes existe uma diversidade religiosa e de valores, que não cabe ao conselheiro/ a querer direcionar, visto que cada família tem o direito e a autonomia de construir regras, seguir valores, ter ou não religião.
O Brasil vive há mais de 15 anos uma onda evangelizadora, em que tais evangélicos acreditam que sabem mais sobre as decisões sobre a vida dos outros do que os próprios sujeitos e isso é inconstitucional do ponto de vista do trabalho de um/ a conselheiro/ a, considerando que vivemos num país aonde o Estado é laico e deve assegurar os interesses dos cidadãos e cidadãs, o que inclui as crianças e adolescentes.
Desse modo, exerça o seu direito de cidadania, procure um/ a candidata ao conselho tutelar, saiba de sua história e ajude a fortalecer esse importante instrumento de proteção social desse público. Existem centenas de conselheiras/ os sérias/ os esperando o seu voto, escolha um e vote.