Até as oito horas da manhã desta sexta-feira, 12, o Brasil somava 41.058 mortes e 805.649 casos confirmados de coronavírus, marca preocupante não só para autoridades sanitárias nacionais como também internacionais. A cada dia países vizinhos e de outros continentes adotam medidas preventivas ao contato com brasileiros e pessoas que tenham passado pelo país nas últimas semanas.
Os números divulgados foram obtidos pelo consórcio de mídia, através de dados colhidos diária e diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. A iniciativa é inédita no país e foi provocada pela insistência do governo federal em esconder os totais de vítimas da pandemia, desmentido sistematicamente estatísticas e informações da área de saúde. Ontem mesmo, o presidente Bolsonaro convocou seus seguidores, via redes sociais, a “arranjar um jeito” de entrar em hospital públicos para filmar leitos desocupados e enviar as imagens para o governo federal e para a Abin.
Ontem foi o terceiro dia seguido em que registraram-se mais de mil mortes e de 30 mil casos em 24 horas. O Nordeste é hoje a região mais afetada, com 285 mil casos, enquanto o Sudeste tem 281 mil. O Ministério da Saúde, mesmo seguindo ordem do Supremo Tribunal Federal de divulgar os totais apurados, apresenta dados menores do que os das secretarias de saúde.
O consórcio é formado por UOL, G1, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Extra e objetiva “que os brasileiros saibam como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus”.