Foi encontrado no fim da tarde desta terça-feira, 17, o corpo da menina Thifany Nascimento de Almeida. Ela estava desaparecida desde o último domingo, quando foi sequestrada no Conjunto Amarelinho, em Acari. Sandro Luiz Alves Portilho, de 42 anos, conhecido na região como Russo, confessou o crime.
Russo estava de moto ao abordar Thifany, que brincava em uma praça com outra criança, e conseguiu atrair a menina prometendo lhe dar um cachorro que teria prometido ao pai dela. Na noite de domingo, a família divulgou seu desaparecimento e causou comoção nas redes sociais. Mesmo com a falta de notícias, toda a comunidade mantinha a esperança de encontrá-la com vida.
Na segunda-feira, 16, o criminoso foi dado como suspeito por um morador que o viu sair de casa com um saco preto nos ombros. Questionado, Russo respondeu ser o corpo de um cachorro que havia morrido, versão desmentida pelo próprio morador, que verificou que o tal cachorro estaria vivo em sua casa. Logo depois, a amiga de Thifany, que estava com ela na hora do ocorrido, reconheceu Russo como o sequestrador. Ele foi agredido por moradores da favela após confessou o assassinato. Depois de preso, se recusou a dizer onde escondera o corpo da criança e ainda tentou fugir da delegacia, acabando baleado por um agente.
Moradores de Acari se uniram em um mutirão para procurar por Thifany, porém, o corpo da menina foi encontrado em um campinho de futebol da comunidade.
Protesto de moradores por descaso da Polícia Civil
O local foi isolado pela população local até a chegada da Polícia Civil, que está em greve e demorou para alcançar a área. Alguns agentes até se negaram a entrar na favela por conta do horário. Diante de tal absurdo, os moradores fecharam a Avenida Brasil em protesto pacífico, exigindo justiça e dignidade na investigação do caso. A truculência de policiais do 41º BPM, que chegaram para controlar uma situação que nem sequer havia saído do controle, causou confusão e resultou em ameaças de um cabo não identificado, que tentou agredir populares e intimidar a equipe da ANF por registrar a ação.
O corpo de Thifany Nascimento de Almeida deixou a favela somente às 21h45, sob aplausos e clamores de justiça por populares.