De acordo com autoridades de saúde do Estado da Bahia, cerca de 76 casos suspeitos de reinfecção pelo novo coronavírus estão sendo investigados no estado.
A confirmação de reinfecção é comprovada no intervalo mínimo de 90 dias entre a primeira e a possível segunda infecção e apurados os resultados positivos do PCR, exame que identifica o vírus, nos dois momentos.
“Comparar o vírus das duas infecções e ver se são vírus diferentes, geneticamente diferentes. De alguma forma mostrar que não é o mesmo agente, com a mesma sequência do código genético igual ao da primeira vez”, explica Viviane Boaventura, pesquisadora da Fiocruz,
Segundo os especialistas, a maioria das pessoas desenvolve anticorpos depois de infectadas. São esses anticorpos que garantem a proteção em um possível ataque do vírus.
“Ninguém hoje duvida que existe a reinfecção. A reinfecção existe sim, a reinfecção está provada na literatura através dos inúmeros casos que já foram publicados e aqui no Brasil recentemente”, comenta Antônio Bandeira, infectologista da Vigilância Epidemiológica do Estado da Bahia.
Para os especialistas, as infecções são causadas pelo mesmo vírus, mas com assinatura genética diferente e, por isso, o corpo não tem como se defender.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), divulgou até a última segunda-feira, 14, o boletim de saúde com registro de 447.126 casos confirmados na Bahia. O número total de mortes, desde o início da pandemia, é 8.635.
O Ministério da Saúde já havia confirmado o primeiro caso de reinfecção no país, no dia 10 dezembro. A paciente é uma profissional da área da saúde, de 37 anos, que mora em Natal (RN) e trabalha também na Paraíba.
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