A Associação Cultural Beneficente Monsenhor Amílcar Marques (ACBMAM) comemora 56 anos com um debate sobre o bairro do Rio Vermelho, em Salvador, e a importância da antiga igrejinha de Santana, no cenário das tradições culturais e religiosas da Bahia. A live será hoje, 20 de agosto, às 18 horas, no perfil do instagram igrejinhadesantana.
O tema será abordado pela antropóloga Cristiane Sobrinho, doutora em Antropologia, mestra em Estudos Étnicos e Africanos e especialista em Metodologia do Ensino Superior.
Ela é autora do dossiê de registro especial do patrimônio imaterial que fundamentou o tombamento da Festa de Yemanjá, pela Prefeitura de Salvador, em 2020. A festa é a terceira mais popular da Bahia e foi inscrita no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações para preservar a tradição de 100 anos.
Patrimônio quase foi demolido
“A igrejinha de Santana faz parte da história religiosa e cultural de Salvador. Devido ao tamanho modesto, uma nova Igreja Matriz de Santana foi construída na década de 60. É importante manter e preservar um espaço tão importante para a cultura material e para a memória da cidade”, afirma Cristiane.
A ACBMAM, a atual gestora da igrejinha de Santana, no Rio Vermelho, foi criada em 20 de agosto de 1967, inicialmente como Centro Social Monsenhor Amílcar Marques. Nesse ano, foi inaugurada a nova Igreja de Santana, na Rua Guedes Cabral, 143, próximo ao antigo templo, que, desde então, não realiza mais rituais religiosos.
A igrejinha sediou muitas cerimônias, como o casamento de Mestre Bimba, criador da capoeira regional. Na década de 80, ela seria demolida, mas uma mobilização popular, com a participação de artistas como Carybé, Jorge Amado e Mário Cravo, impediu a demolição e o espaço passou a abrigar o Centro Social.
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