Mitologia dos povos originários do Brasil foi bem retratada pela escola de samba de Oswaldo Cruz| Foto: Caio Ferraz/ANF

A tradicional Portela foi a última escola de samba a desfilar no primeiro dia do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro. O amanhecer ajudou no clima que a carnavalesca Márcia Lage quis passar ao público com o enredo “Guajupiá, terra sem males!”, que retrata a mitologia indígena muito antes da invasão bárbara dos portugueses por meio da vil colonização, onde os índios tupinambás que chegavam ao Rio de Janeiro concebiam o espaço como um Guajupiá, ou seja, um paraíso idílico. Desta forma, mostrando um Brasil que não conhecemos nem nos livros de História.

A escola de Oswaldo Cruz além de trazer um tema pertinente contou com uma excelente evolução e harmonia de seus componentes embalados por um samba enredo forte somado às bem acabadas fantasias e alegorias, com destaque para as esculturas indígenas. Inclusive, a águia, símbolo máximo da Portela, apareceu em carros alegóricos diferentes, estilizada como se tivesse sido esculpida por índios.

Talvez o que pode tirar pontos dos portelenses seja o mesmo motivo que prejudicou a Beija-Flor, em 2017, na busca pelo título, que ao trazer o enredo ‘Iracema, A Virgem Dos Lábios De Mel’, uma adaptação da personagem indígena, do Ceará, escrita por José Alencar, a escola de Nilópolis não variou muito nas fantasias de índios de seus componentes, tal como a Portela. Apesar de ter feito desfile primoroso, tal como os nilopolitanos.

 

*Fotografias: Caio Ferraz | ANF – Em caso de uso, o crédito é obrigatório

Assista os bastidores com a equipe da ANF na Sapucaí

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Posted by ANF – Agência de Notícias das Favelas on Monday, February 24, 2020