Nos últimos anos há a intensificação da Indústria Cultural de comprar as culturas populares e usá-las para a opressão das periferias e anulação do poder que estas culturas populares têm. Infelizmente, parte de pessoas que produzem o pancadão (batidão, funk carioca) , também o rap e muitas outras expressões culturais, se renderam a esta indústria.
Contudo, há que se refletir qual a força que nós favelad@s (e vítimas do sistema de sociedade vigente) temos quando produzimos cultura. Aqui, no pq. São Bernardo, temos o ditinho, personagem histórico e mestre da Congada do Pq. São Bernardo, que consegue manter sua família (e amig@s) unid@s e fortalecid@s contra o sistema:
Apresentação da Congada do ditinho
httpv://www.youtube.com/watch?v=VRa8VPW5xBg
Há além das Culturas Populares que têm um poder de Luta e Revolução, culturas populares revolucionárias conscientemente. Muita gente do Rap brasileiro sabe disso.
Um filósofo chamado Ernest Fischer “Numa sociedade decadente, a arte, se verdadeira, deve também refletir essa decadência. A menos que ela queira trair sua função social, a arte deve mostrar o mundo como mutável. E ajudar a mudá-lo.
Assim, quando usamos nosso talento – e temos muito em nossas periferias – para vendê-lo ao sistema, com certeza a um preço bem menor do que ele vale, se é que tem preço, estamos traindo a função social da arte e transformando-a em produto de consumo apenas.
O grupo de Rap Facção Central sabe bem disso. E sua arte fala da essência da sociedade atual, conscientizando-nos dela. Eduardo, vocalista do grupo, fala nesta entrevista muito sobre isso: