No último dia 12, foi escrito mais um capítulo da história da cultura popular. O Sindicato dos Profissionais de Dança do Rio de Janeiro (SPDRJ) realizou a primeira prova de obtenção de registro profissional (DRT) da modalidade Passinho. A conquista mais que merecida é fruto dos esforços de dançarinos e pesquisadores, que batalham pelo reconhecimento da prática.
A seleção contou com teoria, prática e uma banca examinadora. Os candidatos ao novo registro foram julgados sob critérios de avaliação teórica (história do passinho, nomenclatura de passos e principais precursores), conhecimentos práticos (memorização e execução de coreografia) e improviso. Quem está à frente do projeto é Hugo Oliveira, artista dançarino e pesquisador que atualmente cursa mestrado na UFF e tem apoiado os dançarinos de passinho em seus projetos.
A comissão julgadora só trouxe “relíquias”, como são chamados os pioneiros no universo do passinho: Iguinho Imperador, DG Fabulloso e coreografia de Ronald Sheick. Os três possuem registro profissional, mas em outra modalidade, Danças Urbanas. “É uma vitória importante para continuarmos na luta por respeito e reconhecimento da nossa cultura aqui no Brasil”, afirma Iguinho. DG Fabulloso ressalta a importância do acontecimento: “É um momento histórico para o passinho. Também foi uma responsabilidade enorme”.
O resultado saiu na segunda feira (21) e os aprovados serão encaminhados ao Ministério do Trabalho, onde ganharão na carteira de trabalho o registro profissional da categoria – Artista Dançarino, modalidade: Passinho. Em até 30 dias úteis, eles vão estar com o DRT em mãos.
“Foi uma experiência ótima de verdade, ser um profissional em uma coisa que eu gosto de fazer, no meu estilo de dança, é ótimo”, conclui Yure Nascimento, conhecido como Yure Imperador.
