Após dois anos de mandato, o governo do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella ainda é uma verdadeira incógnita. Em dois anos no cargo executivo mais alto da cidade, Crivella faz um governo austero e totalmente confuso. Nenhuma grande obra, nenhum grande projeto. A impressão que se tem é que ele ainda não tem a menor ideia de como se administra uma metrópole como o Rio de Janeiro.
Como carioca nascido e criado no Rio de Janeiro, não temo em afirmar que Crivella é o pior prefeito da história do Rio de Janeiro. Estamos a mercê de uma gestão extremamente incompetente e maléfico. A qualidade de vida na nossa cidade decaiu muito desde a posse do bispo/prefeito. Não que tivéssemos um governo maravilhoso antes dele. Porém, o atual é simplesmente um engodo.
A promessa de campanha de “cuidar das pessoas” foi apenas para iludir os crédulos e incautos, afinal, Crivella como parlamentar não acrescentou em nada para a cidade ou estado do Rio de Janeiro.
Vivemos num grau de abandono inacreditável. Há muito tempo as ruas não são asfaltadas na cidade. A imprensa vem denunciando que as ruas estão mais sujas devido à falta de papeleiras, que diminuíram consideravelmente nos últimos dois anos. Sabe qual foi a justificativa do prefeito? Segundo ele, as papeleiras sumiram porque estavam sendo utilizadas como baldes de gelo em bailes funk nas favelas. (A culpa sempre é da favela).
Na área de educação, os recursos caíram drasticamente afetando desde a merenda escolar passando por diminuição de carga horária e professores. Para se ter ideia do descompasso do governo na área, o governo tinha um projeto para diminuir a carga horária de disciplinas como português e matemática para implementar uma nova disciplina chamada “sustentabilidade cidadã” que até agora ninguém sabe o que é. Mas como está na moda governantes voltarem atrás, ele por enquanto abandonou essa ideia.
E na área de cultura? Sem defender a gestão anterior, antes da chegada do novo governo, não faltavam rodas de hip hop, saraus e poesias pela cidade. A pseudo secretária de cultura da cidade do Rio de Janeiro, chegou a se encontrar com vários realizadores de rodas de rima e prometeu facilitar a realização das mesmas. Porém, o que aconteceu foi que além de não obterem apoio da secretaria, os impedimentos e dificuldades para a execução das rodas, fizeram que elas perdessem o espaço literalmente. Fora a total falta de projetos e editais na área, inclusive com fechamentos de equipamentos públicos, diminuição de salários e demissões. As lonas culturais que o digam.
Contudo, a área de saúde é a mais preocupante. Vivemos um verdadeiro caos na área. Hospitais de referência como o Souza Aguiar, Salgado Filho e até o Miguel Couto, passam por dificuldades enormes com a falta de recursos e gestão. Mas nada se compara com o que a prefeitura tem feito no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla também conhecido como hospital de Acari. Profissionais do hospital passam por todo tipo de dificuldades. Falta de salário, verbas com atraso, demissões em massa. E há duas semanas o hospital foi denunciado por fazer contratações de médicos irregulares segundo o Cremerj. (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro).
E na semana passada Crivella deu mais uma mostra de como cuida bem do povo carioca. Apesar do péssimo serviço oferecido pelas empresas de ônibus, o prefeito autorizou o aumento das passagens que subiram 10 centavos. Ano passado quando autorizou o aumento anterior, ele prometeu que a frota de ônibus iria oferecer veículos da qualidade com ar condicionado e wi-fi para usuários. Não aconteceu nenhuma coisa, e nem outra.
2020 é logo ali e espero que o carioca de a resposta a esse governo horroroso e não o reeleja.