Carlos Alberto Decotelli, nomeado Ministro da Educação no último dia 25, entregou hoje, 30, antes mesmo de empossado, a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro, que a aceitou docemente constrangido. O motivo da renúncia ao cargo está exposto em toda a mídia desde o anúncio de seu nome.
Decotelli deve ser o primeiro ministro a ter vários pontos do curriculum vitae questionados. Tal exposição fez com que perdesse o apoio de todos os lados. Ele não tinha o diploma argentino que expunha no currículo, nem o alemão que vinha logo abaixo. Também era acusado de plágio e de outras mentiras, como ser oficial da reserva não remunerada da Marinha – o que pode ter sido um cacife no governo do capitão.
O problema de Bolsonaro agora é encontrar alguém para a pasta da Educação que não seja uma fraude como Velez, Weintraub e Decotelli, o que foi sem nunca ter sido.
Como já publicado aqui no portal, Decotelli se apresentou com um vasto currículo acadêmico. Entre seus títulos estavam: bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade do Rosário, Argentina, e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Destes títulos foram desmentidos os de pós-doutorado na Alemanha e doutor na Argentina. Além disso foi desmentido pela Fundação Getúlio Vargas, após dizer que teria dado aulas na instituição.