“Quando chove as ruas esburacadas ficam alagadas uns 12 dias até secar. A comunidade precisa atravessar essas ruas para levar as crianças na escola, ir trabalhar. E os buracos que cortam a rua ficam com a água parada até evaporar”, conta Jorge Jaques Nunes, morador da favela da Caximba em Curitiba.
A situação se repete na comunidade Olarias no outro extremo da cidade. “Tem muitos pneus com água parada pelo bairro, como nossa região não é regularizada, o caminhão do lixo não passa por aqui para recolher e a população tem medo de recolher justamente por causa da dengue. E além dos pneus, tem muitos buracos com água parada pela comunidade inteira”, explica Maria Antônia moradora do bairro.
A professora Kelly Silveira, da escola municipal Professora Carmen Salomão Teixeira, explica que a falta de informação sobre a doença ainda é muito comum entre a população. “Quando trazemos o assunto para sala de aula surgem dúvidas sobre transmissão, tratamento e combate. Nossas ações de conscientização sobre os perigos do mosquito Aedes aegypti, atingem as crianças e suas famílias. Muitas famílias não sabiam que o transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya é o mesmo mosquito”, afirma Kelly.
Ainda segundo a professora, as crianças se tornam agentes mirins no combate ao mosquito. “São comuns relatos de alunos e alunas que passaram a colocar areia dentro de pneus e tampar galões de água”, diz a professora. Ela também explica que a forma de transmissão causa dúvidas na comunidade. “Muitos acham que o contato com água parada é que transmite a doença e por isso tem medo de retirar os focos da doença. Outro mito que precisamos combater é a crença da imunidade da doença. É comum ouvirmos das famílias que todos ali já tiveram dengue e por isso não ficam mais doentes”, diz Kelly.
Mario Navarro, professor doutor e pesquisador do Departamento de Zoologia da UFPR, explica que o corpo não adquire imunidade e sim cria uma memória sobre o sorotipo da dengue que o organismo foi atacado. “É possível pegar mais que um tipo de dengue, existem quatro sorotipos de dengue. Por exemplo, se eu tive a dengue 1, eu posso pegar a 2, 3 ou 4. Dependendo da combinação se estabelecem os quadros mais graves como hemorragia, que também pode acontecer da primeira vez que se adquire a doença”, explica o professor.
Foi o caso do pedreiro Adriano Oliveira, morador do Sítio Cercado, que foi vítima da doença duas vezes no mesmo ano. “A primeira vez, em dezembro, só tive febre e diarreia, mas na segunda, em abril, foi muito pior, fiquei internado com hemorragia durante cinco dias”, explica Adriano. Essa situação que fez o pedreiro se tornar um ativista no combate à dengue. “Aqui no bairro tem muitos idosos, eu não desejo essa doença para ninguém, todos os dias eu verifico os terrenos vazios e peço para que os vizinhos também cuidem das suas casas”.
Veja os sintomas da dengue na imagem abaixo:
Outro mito difundido entre a população é o local onde se armazenam os ovos e larvas. O professor Mario Navarro, explica que a fêmea coloca os ovos próximos à água, mas não sob a água. “Quando chover a água vai atingir os ovos e eles eclodirão. A água recebida nas moradias precisa ter regularidade, qualidade e uma rede de tratamento”, afirma o professor.
A sociedade no combate ao mosquito
O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, Chikungunya e Zika vírus, doenças graves que podem ser evitadas com cuidados básicos de prevenção. No último levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR), o Estado totalizou 27.899 casos confirmados e 32 óbitos no período epidemiológico 2020/2021. Alerta com o alto número de casos no Paraná, as escolas municipais e estaduais executam anualmente projetos de educação, prevenção e ações de combate à dengue. As atividades reúnem textos, figuras, brincadeiras, vídeos e peças de teatro referentes a prevenção e orientação sobre a doença. A professora do Centro de Educação Infantil Desafio do Saber, Elina Gonçalves explica que as atividades pedagógicas acontecem em parcerias com as universidades, iniciativas privadas e prefeituras. “São conteúdos criativos, que trazem informações científicas e interação entre os estudantes e familiares”, afirma a professora.
Movimento #JuntosContraoMosquito
A prevenção é fundamental. “O principal é não deixar o mosquito nascer e se proliferar. Por isso é necessário eliminar os criadouros, olhar semanalmente locais com água parada e lavá-los com esponja e água sanitária, vedar caixas d’água e outros recipientes que acumulem água”, explica o professor Mário.
SBP, marca de repelentes e inseticidas da Reckitt Hygiene Comercial, é ativista nesta causa e atua por meio do Movimento Juntos Contra o Mosquito (#juntoscontraomosquito). O programa social realiza intervenções nas comunidades brasileiras por todo o Brasil, buscando conscientizar a população em alta vulnerabilidade social para a importância dos cuidados diários para combater os mosquitos transmissores de doenças, gerando um impacto positivo e auxiliando essas famílias a se manterem protegidas.
O Movimento Juntos Contra o Mosquito é realizado em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira, principal instituição de ajuda humanitária do mundo, desde 2017 e já beneficiou mais de 18 mil famílias – o equivalente a 72 mil pessoas. Juntas, SBP e Cruz Vermelha Brasileira, decidem quais são as comunidades que irão receber o programa, considerando números de casos confirmados das doenças, temperatura e chuvas.
O programa possui um protocolo criado pela London School of Hygiene & Tropical Medicine, universidade em Londres que é especialista em doenças tropicais, com oito passos para conscientização e educação para combater o mosquito Aedes aegypti. Dentre as atividades estão visita às casas com orientações dos cuidados diários necessários, mutirões de limpeza, atividades educacionais em escolas, doações de produtos para proteção, entre outras
A preocupação e garantia de cuidado também faz parte do DNA dos produtos desenvolvidos pela marca. A linha SBP produz inseticidas e repelentes que agem contra insetos indesejados como os mosquitos transmissores de doenças, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, e proporciona mais conforto e proteção para toda a sua família. O repelente corporal é o ideal para atividades ao ar livre e protege crianças e adultos. Já os inseticidas sejam aerossol ou elétricos protegem a casa e a família, dia e noite. Clique aqui e saiba mais.
Esse mosquito vai dançar
A iniciativa “Esse Mosquito Vai Dançar”, que faz parte do Movimento Juntos Contra o Mosquito, é uma ação de educação e cultura recheada de expressões artísticas e possibilidades de diversão como ferramentas pedagógicas e de prevenção. Com músicas, teatro, cantigas de roda, poesia e muita criatividade, as atividades são desenvolvidas pela OAK – Educação e Cultura em parceria com a marca de inseticidas e repelentes SBP, juntas construíram um projeto de múltiplas frentes: Teatro, Música, Materiais Pedagógicos, Conteúdo Educativo e Série de Animação Infantil. Dentro desse projeto foi criada a série infantil, atualmente com duas temporadas, chamada “Esse Mosquito Vai Dançar” (ProacSP), em exibição na TV Cultura, TV Ra Tim Bum, TV Educação e UNIVESP TV. A séria também está disponível na internet, clique aqui para acessar.
Cine Boa Praça
Outra iniciativa de cultura e educação do Movimento Juntos Contra o Mosquito é o “Cine Boa Praça”, iniciativa que democratiza o acesso à cultura por meio do cinema gratuito para toda a família em espaços públicos de bairros em alta vulnerabilidade social.
Além de sessões de cinema em espaços públicos que estão acontecendo em dez comunidades de São Paulo e Belo Horizonte, as crianças e jovens das comunidades atendidas estão participando de oficinas lúdicas sobre o tema.
Esse conteúdo foi desenvolvido em parceria com SBP, marca de inseticidas e repelentes.
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