Obras de urbanização e de inclusão social que estão dentro do cronograma previsto fizeram parte do que foi verificado pelo presidente da Comissão da Assembleia Legislativa do Rio de acompanhamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado, deputado Rodrigo Neves (PT), durante visita, nesta segunda-feira (31/08), à Rocinha, zona Sul do Rio. "De fato, o cronograma das obras está sendo executado. Estamos
saindo dessa visita bastante satisfeitos em relação ao tempo de execução das intervenções e ao envolvimento da comunidade. Serão milhares de pessoas sendo beneficiadas com as inaugurações de um centro de saúde, de um complexo esportivo e de um centro de convivência, além de creches e estacionamentos", ressaltou Neves, que esteve na comunidade acompanhado pelo presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno Júnior.

O parlamentar fez questão de salientar que, em 80 anos de história, a Rocinha "nunca teve um projeto como esse colocado em prática". A maior referência do PAC no local ? programa que está sendo chamado de Nova Rocinha ? será a reconstrução de uma passarela sobre a Autoestrada Lagoa-Barra, onde deverão circular, por dia, cerca de 60 mil pessoas. O projeto foi desenhado por Oscar Niemeyer e contará com um arco semelhante ao da Praça da Apoteose, no Centro do Rio. A construção de novas unidades habitacionais também será prioridade para o PAC: 500 famílias serão realocadas para novos prédios a serem construídos na parte alta da Rocinha. O investimento total na comunidade será de R$ 220 milhões e incluirá não só a construção de um centro esportivo com piscina e campo de futebol, um centro de convivência, duas creches e um Centro Integrado de Atenção à Saúde (CIAS), mas também a urbanização do acesso principal à favela.

A Rocinha também ganhará um plano inclinado que começará próximo à entrada do Túnel Dois Irmãos. Moradora da Rua Quatro, a merendeira Juraci
Ferreira Amaral, de 41 anos, confessou que teve "grande desconfiança" quando viu as primeiras equipes do PAC trabalhando perto da sua casa. Hoje, Juraci não tem mais dúvida. Segundo ela, as obras vão trazer melhoria para a população. "No começo, achei que eles fossem derrubar tudo sem falar com ninguém e transformar nossas vidas para pior. Mas, agora, estou vendo que vai ser muito bom. Estávamos com uma qualidade de vida péssima nessa rua. Teremos mais espaço, vai ter passagem de ar e o sol vai começar a bater aqui em casa. Vai ficar bem melhor", comentou a moradora. A desapropriação do local vai retirar 250 famílias da via, possibilitando assim o alargamento da Rua Quatro que, atualmente, tem apenas 60 centímetros de largura.

O presidente da Emop explicou como vem sendo feito o processo de desapropriação dos moradores. "Há anos, as desapropriações aconteciam sem nenhum acordo com o morador. Hoje, temos três opções: a compra assistida, a indenização ou um novo apartamento. É um processo bem democrático. Estamos bem avançados no programa. Vamos continuar as desapropriações, para, em seguida, entrarmos nas obras da Rua Quatro e da Rua do Valão. Estamos avançando também nas obras do centro de convivência e do CIAS. Em dezembro, vamos inaugurar o centro esportivo", comentou Ícaro Moreno.

Fonte: Comunicação Social da ALERJ