Em 2009 o Ministério do Trabalho reconheceu a profissão de cabeleireiro étnico e trancista, proporcionando uma maior valorização desses profissionais. Mais de uma década depois o Dia da Pessoa Trancista é instituído em Salvador. A data é um momento de celebração e reflexão sobre a história e a importância das tranças como expressão cultural.
O Projeto de Lei nº 60/2023, que oficializa o 6 de junho como o Dia da Pessoa Trancista foi apresentado pelo vereador vereador George Reis, Gordinho da Favela (PP). A iniciativa surge através de várias articulações comunitárias e sociais, além de diversos profissionais como: a trancista Michele Reis, criadora do Fala Trancista, os trancistas Luck Lima do Stúdio Cereja Nagô, Gabriela dona do Stúdio Gabi Arttes e Stephanie Maria do Stúdio Dedo de Agulha.
A solicitação foi apresentada março deste ano e a aprovação foi publicada no Diário Oficial no último dia 5. Esta decisão contribuí com a valorização da cultura negra, no combate o racismo e valoriza os saberes ancestrais.
História da data
O dia 6 de junho é a data em que nasceu Idalice Bastos, referência das técnicas afro – no quesito beleza”.
Segundo Michele Reis, “no Rio, nos anos 70, a cabeleireira Dai Bastos vendeu tudo que tinha – carro, apartamento mais salão de beleza – para passar o aprendizado adiante. Trocando Copacabana por um casarão antigo da Lapa, ela criou o Espaço de Estética e Cultura AfroDai, uma ONG onde jovens entre 14 e 21 anos – geralmente pobres e muitas já com filhos – têm cursos de maquiagem, depilação, manicure e penteado junto com palestras sobre cidadania e saúde”.