Dia do Frevo: 09 de fevereiro, ritmo pernambucano é um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

"Você existe como um anjo de bondade e me acompanha nesse frevo de saudade"- Crédito: Sandro Barros/Arquivo PMO

Em Pernambuco, 9 de fevereiro é celebrado o Dia do Frevo.

Considerado desde 2007, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Em 2012, foi incluído na lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas (Unesco).

Nessa data, 09 de fevereiro, em 1907, a palavra que remete ao ritmo foi registrada na imprensa pela primeira vez.

A celebração do aniversário mantém em evidência um patrimônio imaterial do estado, que simboliza o carnaval pernambucano.

Genuinamente Pernambucano, o frevo nasceu no século XIX na cidade do Recife, no contexto político e social,  pós-abolicionista, expressado em meio às ruas, por pessoas escravizadas recentemente libertas.

Caracterizado por uma verdadeira fusão de ritmos acelerados, danças folclóricas, elementos da capoeira, movimentos acrobáticos, movidos a instrumentos de sopros, o colorido dos figurinos e a tradicional sombrinha de frevo nas mãos.

Categorizado em vários tipos como: frevo canção, orquestrado e de ritmo lento; frevo de bloco, cantado; frevo de rua, aquele que não é cantado, e sim, movido pelos instrumentos musicais, chamado frevo de dança. Dança essa, considerada frenética, acelerada, que origina seu nome, advindo do verbo ferver (frever).

E o que será dos amantes do frevo num ano pandêmico sem carnaval?

Só resta a saudade, como na canção  Frevo de Saudade, de Nelson Ferreira e Aldemar Paiva:

“Quem tem saudade não está sozinho, tem o carinho da recordação, por isso quando estou mais isolado, estou bem acompanhado com você no coração. Um sorriso, um abraço e uma flor, tudo é você na imaginação, serpentina ou confete, carnaval de amor, tudo é você no coração. Você existe como um anjo de bondade e me acompanha nesse frevo de saudade”.