Não basta somente falar sobre e construir rampas, elevadores, pisos táteis, colocar intérpretes de libras ou áudios descrição nos espaços… Se são as atitudes e o olhar das pessoas, que primeiro incapacitam, anulam e invisibilizam as pessoas com deficiência, e até mais do que a própria deficiência!
De que adianta ter uma rampa, um elevador ou intérprete em um lugar, onde as pessoas vão te tratar como um coitadinho (te subestimar o tempo todo), com um sutil nojo ou como uma mera coisa viva, sem alma, desejos, vontades e pensamentos?
É por isso, que eu acredito, que, para muito além das estruturas físicas e arquitetônicas, nós temos também de lutar pela mudança do vocabulário, nomenclatura e discurso. Porque discurso e vocabulário criam pensamentos, pensamentos geram comportamentos! E, comportamentos produzem políticas públicas, e, estas políticas podem ser de segregação e de violência. Se lembrem, que a escravidão já foi lei!
Então, quando nós falamos fulano é deficiente, PCD, down ou autista, estamos reduzindo, limitando a pessoa e personificando, colocando a deficiência em primeiro plano, enquanto, a pessoa em si fica para depois. Ninguém é deficiente. Pois, ninguém é de todo deficiente. PCD, uma pessoa não pode ser resumida a três letras. Ninguém é autista, ou down! Tem-se autismo ou síndrome de down, um ser humano múltiplo, complexo, não deve ser reconhecido somente por uma característica.
E, para finalizar meu breve texto em comemoração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, jamais, nunca, em hipótese alguma esqueça, que antes de tudo, vem a pessoa (com todas as suas complexidades, contradições e belezas), e, depois, vem a deficiência, que é apenas uma parte!!
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