Crédito: Nice Lira

Falar de leitura é importante desde alfabetização, pois é quando começamos a aprender a fonética de cada letra, de cada sílaba, que começamos a entender as palavras. Dessa forma passamos a nos comunicar através delas.

A leitura nos faz adquirir conhecimento, viajar por universos desconhecidos ou fictícios, mas também pode nos contar realidades vividas, algumas duras e outras inspiradoras.

Falar de favela é falar de potência, por isso trago seis indicações de livros escritos por moradores/crias de favelas do Rio de Janeiro. Para que você leitor, ou quem sabe escritor, conheça o trabalho de outros favelados.

Confira as dicas de leitura

  • Decididos: Uma Celebração Bissexual – Marcos Diniz, morador da Maré (Margens, 2020)
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O autor Marcos Diniz aborda a necessidade de enxergarmos pessoas bissexuais em todos os meios, dentro ou fora da favela. Segundo o autor, essas vidas são invisibilizadas. Além disso, o livro alerta para o fato de que os bissexuais são bem resolvidos e não vivem de indecisão, como a sociedade julga.

O livro veio celebrar, visibilizar e trazer o respeito e a representatividade para aquelas pessoas que são muito bem DECIDIDAS em sua jornada.

  • Enraizados: Os Híbridos Globais – Dudu de Morro Agudo (Aeroplano, 2011)
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O livro narra a história de dois jovens que lutam para mostrar a força do Hip Hop. Os personagens apresentados são Dudu de Morro Agudo e seu parceiro, Dumontt. Juntos eles criaram o projeto Enraizados para se comunicar com o mundo através do Hip Hop.

De forma leve, direta e divertida, o autor conta as aventuras vividas neste processo.

  • Maré cheia – Matheus de Araújo, Rubens Vaz (Birrumba, 2018)
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Matheus de Araújo mostra através de poemas que a favela é resistência, mas traz uma narrativa de uma favela desarmada e cheia de esperança. São 58 poemas que apresentam a favela que ama, chora, brinca e luta. A favela que tem sentimentos.

  • Militarização e Censura: A luta por liberdade de expressão na Favela da Maré – Gizele Martins, cria da Maré (NPC, 2019)
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O livro de Gizele Martins nasceu a partir de sua dissertação de mestrado e aborda a censura que comunicadores e comunicadoras da Maré sofreram em 2014 e 2015, período que o exercito ficou na favela por conta da realização dos megaeventos no Rio de Janeiro.

A autora fala sobre a resistência do povo favelado durante o cotidiano militarizado na favela da Maré.

  • O Livreiro do Alemão – Otávio Cesar Junior, cria do Complexo do Alemão (Panda Books, 2011)
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O autor relata como um livro que ele encontrou no lixo foi capaz de mudar a vida dele, quando tinha apenas oito anos. A partir da leitura do livro encontrado (Don Gatón), o mundo da leitura se abriu para Otávio. Cria do Complexo do Alemão, Otávio criou em sua favela o projeto Ler é 10 – Leia Favela, para ensinar às crianças o prazer da leitura.

A história do autor mostra que diante de todas as dificuldades, os livros possuem a capacidade de mudar vidas, principalmente de crianças.

  • Rocinha em OFF – Carlos Costa, cria da Rocinha (Desfecho, 2015)
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Essa obra traz histórias e casos que se tornaram legados para a história da Rocinha. O autor e jornalista Carlos Costa apresenta histórias que a mídia não soube, não pôde ou não quis contar. Ele, que atuou por 30 anos em movimentos comunitários da Rocinha, celebrou o encerramento de seu ciclo de líder comunitário com esse livro.

E aí, você anotou as dicas? Não perca tempo.

Você já leu a matéria Dia Nacional do Livro: vale o que está escrito? Clique aqui e leia.

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