Laje Talks discutiu qualidade de vida a partir da escolha e ingestão de alimentos saudáveis
Com finalidade de promover saúde para a população sem causar impacto ambiental, uma das alternativas seria aderir à dieta planetária por caracterizar-se pela redução do consumo de alimentos de origem animal e do açúcar de adição, em contrapartida, a pessoa deve duplicar a quantidade de legumes e demais vegetais na sua dieta (bom hábito alimentar) diária.
Diante disso, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis) da Prefeitura de Salvador, promoveu a Segunda Edição do Laje Talks, “Vegetarianismo e Dieta Planetária: Como a sua alimentação pode ajudar salvar o mundo”? Terça-feira (07), das 18 às 21h, no terraço da sede da Secis, Comércio, Centro da capital baiana.
A mesa foi formada pelo secretário da SECIS, André Fraga; chef e coach de saúde integral, Luisa Leite; a experiente em culinária natural, Vera Lúcia Martins; o mestrando pela Escola de Nutrição da UFBA, Ednilson da Silva Andrade; a nutricionista, Carol Reis; e a especialista em Nutrição Clínica e Funcional, Camila Almeida.
O encontro foi acompanhado por um público de diferentes áreas do conhecimento que fez perguntas aos palestrantes através de um aplicativo de celular.
De acordo com o Portal do Núcleo de Extensão da Universidade de São Paulo sobre Alimentação Sustentável, define dieta planetária como uma “dieta predominantemente com legumes, verduras, frutas e cereais integrais e consumo em quantidades reduzidas e de maneira ocasional de carnes, peixes, ovos, cereais refinados (arroz, pão, macarrão) e tubérculos (batata e mandioca)”.
O Núcleo ainda esclarece que a “dieta planetária impacta menos o meio ambiente, pois os alimentos de origem animal, especialmente a carne bovina, é o alimento que mais gera impacto ambiental, uma vez que utiliza grandes quantidades de terra e água, gera uma quantidade enorme de gases de efeito estufa, além de reduzir a biodiversidade”.
Na prática a dieta planetária consiste do indivíduo “diminuir em 50% (metade) o consumo de proteína animal e do açúcar de adição, devendo dobrar a quantidade de legumes e outros vegetais diariamente”, explicou a palestrante, Luisa Leite.
“Concordo com essa dieta, isto porque, já faço o controle do uso de açúcares e carnes há cerca de três anos”, comentou a Técnica em Massoterapia, Edileuza Lima, 42 anos, moradora da Santa Cruz, em Salvador.
Com a conscientização da sociedade em relação à dieta em questão, espera-se que no futuro próximo aconteça à redução do impacto ambiental. “Não há como não pensar em comida sem considerar a consequência ambiental”, disse um dos palestrantes.
Vale ressaltar que antes de realizar qualquer dieta, o indivíduo deve procurar orientação de um profissional da nutrição.
Para Ednilson Andrade, 48 anos, representante do Slow Food, Comércio, acredita que deve ser potencializada algumas politicas públicas que busquem “valorizar o produtor, os agricultores, criadores e outros, pois são ações que podem mudar a alimentação do futuro.
Além disso, o estado e a sociedade devem atuar no combate ao desperdício, ao desmatamento e a exploração humana”.
Ele concluiu sua fala informando a todos que o “Movimento Slow Food presente em mais de 160 países e criado na Itália, na década de 1980, vai realizar um importante evento entre os dias 11 e 14 de junho de 2020, na Arena Fonte Nova, em Salvador – Bahia, intitulado de Terra Madre Brasil”.
Outros assuntos que foram abordados na Laje Talks: possibilidade de reduzir a proteína animal do cardápio da merenda das escolas municipais de Salvador, a importância das vitaminas D e B12 para o bom funcionamento do organismo, consumo da alimentação viva, produção de hortas escolares, comunitárias e urbanas.
Além do uso das tecnologias de alimentos (food tech – fazenda futuro, dark kitchen – cozinha delivery, maionese produzida por algoritmo) e o Projeto Escola Sustentável do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação, do Ministério Público do Estado da Bahia.
“Com a proposta de conversar sobre temas de interesse público associados à sustentabilidade e que dialoga com a cidade, o Laje Talks reuniu, nas duas primeiras edições, cerca de 150 pessoas.
Os encontros acontecem no terraço da Secis, um espaço alternativo com 300m² e capacidade para cerca de 80 pessoas, no bairro do Comércio, em eventos em formatos menos convencionais”, informação do Portal da Secretaria de Comunicação, da Prefeitura de Salvador.