Diversidade cultural na pauta da FLICA 2022

Crédito: Claudia Correia

Depois de dois anos de recesso, devido a pandemia da Covid 19 e três datas adiadas esse ano, a décima edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira- FLICA voltou a mobilizar o público, de 3 a 6 de novembro, em Cachoeira, Recôncavo baiano.

Com o tema “Liberdade, Literatura Brasis” o evento foi realizado pela Fundação Hansen Bahia em parceria com a CALI- Cachoeira Literária, com o patrocínio da Bahiagás e do Estado da Bahia, e teve a LDM como livraria oficial.

Mesas de diálogo, lançamentos de livros, exposições de arte e artesanato, música, poesia, samba, HipHop, capoeira e outras manifestações culturais ocuparam as ruas da “cidade heroica” à beira do Rio Paraguaçu.

Crédito: Claudia Correia

 

O destaque na música ficou para Margareth Menezes, celebrando 60 anos.

As entidades sociais como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais -APAE e os
grupos culturais como o de capoeira Abalou Cachoeira do Mestre Besouro e o de hip-hop ABW Crew atraíram grandes plateias.

De Salvador, o Movimento Exploesia, composto por mulheres poetas, marcou presença na Praça 25 de junho, na quinta-feira (3).

Crédito: Claudia Correia

No segmento filarmônicas, a Minerva Cachoeirana, brilhou em desfile pelas ruas da cidade, emocionando turistas e moradores. A instituição, de 144 anos, mantém a Escola de Música Alcides dos Santos, que oferece gratuitamente formação musical para 60 crianças e jovens.

Dentre os lançamentos de livros, destaque para “Trilogia do Confinamento: Namíbia não!” de Aldri Anunciação e “Cabelo ruim? Que mal ele te fez?” de Kátia Barbosa.

A Feira de Economia Solidária, promovida pelo Centro Público de Economia Solidária – Cesol, apresentou produtos artesanais e alimentícios de vários municípios incluindo comunidades quilombolas do Recôncavo.

As crianças tiveram programação especial, além de oficinas e jogos na Fliquinha.

As Mesas que atraíram maior atenção do público, principalmente o jovem, foram as que trataram de empreendedorismo negro, comunicação e literatura feminina negra, como: “Os Brasis cabem na literatura e liberdade?” com MV Bill, Cidinha da Silva e Auritha Tabajara; “Comunicação, leitura e outros assuntos” com Aldri Anunciação e Lucas Almeida e “Ecos, ritos e traços ancestrais” com Carla Akotirene e Márcia Kambeba.

Para divulgar as produções literárias, acadêmicas e culturais de mulheres negras, a plataforma Diálogos Insubmissos de Mulheres Negras (DIMN) montou a Casa Insubmissa, Praça da Aclamação. O espaço é fruto de uma parceria com a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e reuniu escritoras, ativistas, pesquisadoras e autoras negras.

A Casa promoveu a Mesa “Mulheres Negras” com a presença de artistas contempladas com a residência artística em 2022, Sanara Rocha (Variações Sobre Ostinato Percussivo) e Crislane Rosa (Andografias da Minha Avó).

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