Ainda dentro da programação da 8ª edição do Julho das Pedras, o Centro de Arte e Meio Ambiente- CAMA, lança nesta quarta-feira, 29, o documentário “Mulheres de Alagados – Um canto negro para liberdade”. O evento será às 17:30 pelo link: https://www.facebook.com/camacentrodearte/. O vídeo tem a parceria da Rede Cammpi e o Instituto Odara, através do projeto “Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar”.
No doc são contadas histórias de mulheres da região de Itapagipe-Alagados, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, que foram vítimas de violência, doméstica, urbana, do tráfico e da polícia, e que encontraram no projeto Coral Mulheres de Alagados o ambiente de resistência e fortalecimento individual e coletivo.
“Eu nasci no bairro do Uruguai, tenho vínculo com aquele território, porque nasci nas palafitas, tenho certeza absoluta que foi naquele lugar que a gente adquiriu resistência para as lutas que a gente teria travar no dia a dia. parece que a educação borbulhava entre a ponte e o mar que estava colocada naquele lugar uma infância extremamente produtiva, inteligente e criativa. as filhas de dona maria, as filhas de alguém, você não tinha nome, mas todo mundo cuidava de você com um jeito muito particular”, diz Valdeci Nascimento.
Além do lançamento do documentário, o evento terá roda de conversa sobre Violências Contra Mulheres Negras, com participações femininas de outros estados como Ana Carine Nascimento – CAMA (Ba), Ana Suely – Coral Mulheres de Alagados e ADOCCI (Ba), Benilda Brito – Odara Instituto da Mulher Negra (Ba), Juthay Nogueira – Casa Acolher e Projeto Romper (MG), Nívea Raposo – Rede de Mães e Familiares da Baixada (RJ), Márcia Ministra – Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar (Odara – Ba).
Será a primeira exibição online do filme que conta a trajetória de mulheres negras do território de Itapagipe, conjunto de periferias da cidade de Salvador (Ba).
