O Ishtar é um grupo nacional de doulas voluntárias que promovem rodas gratuitas, voltadas para gestantes, parceiros, parcerias e suas famílias. Doulas são profissionais que oferecem serviços de suporte informacional e emocional durante a gestação, parto e pós-parto.
O projeto é apoiado pela Rede Parto do Princípio, que atua por direitos das mães. O nome Ishtar vem da Deusa Suméria, também conhecida como Inanna, personificação do planeta Vênus e que representa o amor, felicidade e a guerra.

Nas rodas são debatidos temas pertinentes ao ciclo da gravidez, parto e pós-parto, e as áreas variam de questões fisiológicas a temas sociais. O objetivo das doulas envolvidas no trabalho é auxiliar as famílias, gerando informações e debates acerca de temas como autoconhecimento, direitos das pessoas gestantes e crianças, cuidados na amamentação e com os bebês.

No Rio de Janeiro, existem diferentes núcleos que atuam na capital em diversos bairros como Madureira, Bangu, Copacabana, Tijuca e Jacarepaguá, além da Baixada Fluminense e Região dos Lagos. Os encontros ocupam as cidades, em lugares como parques e livrarias. As datas e os temas dos encontros são divulgados através das redes sociais @ishtar_rj

Experiências com doulas são divisor de águas
Sheyla Citrangulo, 32, biomédica, moradora de Senador Camará, na zona Oeste do Rio de Janeiro, frequentou o Ishtar Tijuca durante a sua primeira gestação, há 10 anos e atualmente, em sua segunda gravidez, o Ishtar Bangu.

A biomédica relata que o grupo foi, para ela, um divisor de águas, elemento fundamental para seu empoderamento e confiança no processo fisiológico do parto. “Ouvir os relatos, ter acesso à informação gratuita e de qualidade de educação perinatal foi e é imprescindível nesse processo que é se blindar para lutar contra o sistema. Espaços como o Ishtar nos devolvem os meios para acreditar e confiar em nossos corpos.”

Karlota Barros, 36, artista e educadora, moradora de Heliópolis, em Belford Roxo, frequenta as rodas da Baixada. No grupo, ela encontrou uma rede de apoio amorosa, surpreendente e profundamente acolhedora.

“Estar no Ishtar me permitiu a despedida de minha versão enquanto ser único e indivisível, despedida de minhas certezas sobre maternidade. Estar no Ishtar me deu um caminho para ressignificar minha percepção de coletivo.”

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