Cinco semanas após a morte da menina Maria Eduarda durante incursão policial, a Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza encerrou o ciclo de atividades culturais realizado na unidade escolar desde a tragédia. Dança, música, teatro e artes plásticas fizeram parte da ação realizada pelos próprios alunos na última sexta, 05.
As ações foram iniciadas na própria escola com aulas de basquete, grafite, audiovisual, poesia. As intervenções culturais e educativas começaram cerca de duas semanas depois do assassinato da menina. Todo o trabalho foi orientado pela coordenadora da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) Rejane Faria, após reunião com líderes culturais do entorno da escola. O objetivo foi reestruturar o espaço, levando esperança, amor e paz aos alunos, professores e toda a comunidade através da cultura e do esporte.
O evento de encerramento do ciclo de ações contou com a presença de autoridades, como o superintendente regional da Pavuna Itagibe Cabral, Rejane Faria, o conselheiro de cultura e diretor da Ong Área Rongo André Rongo, a mãe de Maria Eduarda Rosilene Alves, membros da Igreja Batista Atitude (Igreja Batista Central da Barra) e também direção, funcionários e alunos. Participaram das atividades o grupo cultural Phábrika de Artes, Grupo Mega Dance do Passinho, Núcleo de Arte Grande Otelo, Gui Monsores, os poetas Pedro Miranda, Débora Zambi, Tabuh, Thiago Ribeiro, entre outros.
Ao final, todos se uniram em frente ao muro da escola para cultivar mudas de plantas num gesto de esperança. O espaço foi revitalizado por grafiteiros e as marcas de tiros deram lugar a mensagens de amor e paz. Todo o muro ganhou vida com pneus reciclados criados por André Rongo.