A edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) conta com várias novidades, uma delas é a ocupação de um espaço que antes era um presídio da cidade. Uma construção militar, que data do século 18, e já foi usada como quartel, cadeia pública e biblioteca. O local foi escolhido por um grupo de editores para ser sua casa na Flip. A chamada “Cadeia literária” será ocupada por editoras como a Letra Selvagem, 34, Reformatório, Revista Lavoura, Editora Feminas e pela editora da Agência de Notícias das Favelas, a Editora ANF.
A casa fica na Praça de Santa Rita e nela haverá espaço para exposição e venda de livros, debates e pequenos shows. Um dos lançamentos já confirmados na “Cadeia Literária” é do livro “Contos Brutos: Textos sobre Autoritarismo”, organizado por Anita Deak. A Flip surgiu do desejo de promover em Paraty, cidade distante das capitais, uma experiência de encontro permeada pelas artes. Desde 2003, quando estreou em um espaço improvisado com pouco mais que vinte autores convidados, o evento se conectou intimamente ao território que a recebeu. Pioneira em ocupar os espaços públicos com cultura, a Flip é um momento importante para o debate de ideias e um ponto de encontro de toda a diversidade. Cada edição presta homenagem a um autor brasileiro e reúne um vigoroso time de escritores. Este ano, o homenageado será Euclides de Cunha.