Eduardo bota pressão por parceria para estrangeiro produzir armas no Brasil

Eduardo com armeiros no Twitter - Reprodução
Eduardo com armeiros no Twitter - Reprodução

O intenso lobby do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) funcionou: o Exército vai fechar parceria para a fabricação de pistolas da SIG Sauer no Brasil. O filho do presidente Jair Bolsonaro é visto no mercado como uma espécie de garoto-propaganda da empresa teuto-suíça, o que gera desconforto no Exército, em setores já incomodados com a revogação de portarias de controle de armas e munições por ordem do presidente.

Em 16 de abril do ano passado, o deputado postou no Twitter a foto de uma reunião com representantes da empresa, prometendo ajudá-los: “Falta a garantia política de que o lobby não atochará tantas burocracias para emperrar a instalação” de uma fábrica no país. Em janeiro, o deputado disse que havia sido procurado pela SIG e que acreditava no interesse de outras empresas no Brasil, como a Beretta — forja italiana dá nome à sua cachorra.

Há duas semanas, visitou o general Alexandre Porto, que assumiu a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército em substituição a Eugênio Pacelli, cujas portarias foram derrubadas. A negociação para a nacionalização do portfólio da empresa começou em 2018, mas a chegada da família Bolsonaro ao poder acelerou o processo.

A sugestão não foi bem digerida entre fardados, dado que o monopólio da força é dos militares e da polícia. O Ministério Público Federal apura a derrubada das portarias de controle.

(Com informações da Folha de S. Paulo, por Igor Gielow)