Joice Hasselmann não usa máscara em lançamento de campanha para a prefeitura de São Paulo
Joice Hasselmann não usa máscara em lançamento de campanha para a prefeitura de São Paulo Joice Hasselmann não usa máscara em lançamento de campanha para a prefeitura de São Paulo – Foto: Reprodução/Instagram
Joice Hasselmann não usa máscara em lançamento de campanha para a prefeitura de São Paulo
Joice Hasselmann não usa máscara em lançamento de campanha para a prefeitura de São Paulo – Foto: Reprodução/Instagram

No dia 15 de novembro, será realizada mais uma eleição para decidir quem serão os prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros. Diferente dos outros anos, 2020 encara uma pandemia que já matou mais de 1 milhão de pessoas no mundo todo. As autoridades de saúde recomendam que todas as possibilidades de disseminação da doença sejam evitadas. Entretanto, muitos dos futuros representantes do povo não estão preocupados com a saúde da população, indo às ruas, promovendo o contato corpo a corpo com os eleitores e, consequentemente, aumentando o risco de contaminação pelo novo coronavírus.

Um dia antes do início da campanha eleitoral, a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE/RJ) divulgou um documento com algumas recomendações que devem ser adotadas durante atos de campanha, entre elas: evitar aglomerações; dar preferência a ambientes amplos e abertos; respeitar a capacidade máxima de ocupação dos locais visitados; orientar que todos os participantes façam o uso de máscara e evitar a distribuição de material impresso.

Segundo o Ministério Público (MP), o não cumprimento das regras pelos partidos e candidatos pode configurar crime. De acordo com o art. 268 do Código Penal, infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa é crime, sob pena de detenção de um mês a um ano, além de multa.
Orientações e medida penal parecem, porém, não causar preocupação nos candidatos. Os momentos de contato físico com os eleitores durante a campanha são fotografados e publicados em redes sociais.

Candidato à prefeitura do Rio, Luiz Lima, em reunião dos pastores da Assembléia de Deus do estado – Foto: Reprodução/Instagram
Candidato à prefeitura do Rio, Luiz Lima, em reunião dos pastores da Assembleia de Deus  – Foto: Reprodução/Instagram

Diferente do que muitos acreditam, a pandemia ainda não acabou. No fim de setembro, o diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, declarou que as mortes por coronavírus podem dobrar antes que surja uma vacina eficaz, ou seja, o risco continua crescente.

Mas enquanto profissionais de saúde pedem que façamos nossa parte para evitar que mais famílias percam seus entes queridos para a Covid-19, os candidatos que pretendem representar o povo no futuro fazem descaso do período pandêmico. Na hora de votar é importante refletir: se os atuais candidatos que vão nos representar no futuro não se preocupam com nossa saúde, com o que vão se preocupar?

Matéria originalmente publicada no jornal A Voz da Favela de novembro.