A tarde da última sexta-feira, dia 29 de Julho, ficará marcada para os movimentos populares do Estado do Rio. Ontem de tarde, as organizações se reuniram no 7? andar do Edifício Pedro II, s/n, Central do Brasil, na Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, com inicio as 13h e término as 16:30h. As instituições da sociedade civil estiveram presentes quando foram eleitas 18 entidades, que irão assumir o 1° Conselho Estadual de Direitos Humanos do estado do Rio de Janeiro, entre elas 13 são da sociedade civil. Com 29 votos o Movimento popular de Favelas do Rio de Janeiro, presidido por William de Oliveira, foi eleito. Junto a este conselho teremos uma nova função em nossa jornada. Diz William de Oliveira

O conselho estadual vai estar presente nas favelas do Rio, agora com o MPF. Junto ao conselho, poderemos trazer novas informações das favelas para discutir. Como representante dos Familiares de vitimas de violência da Rocinha, vamos tentar fazer caminhar todos os processos por essa comissão.

“Este processo de eleição é de extrema importância porque precisamos ter um conselho atuante, sobre Direitos Humanos, no Rio de Janeiro. As instituições da sociedade civil desempenham uma função crucial que é levar, para o conselho, as demandas da sociedade civil”,
A Primeira Comissão Eleitoral coordenou a eleição dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos.
Participou da mesa, representando a SEASDH, e o subprocurador Geral da República, Leonardo Chaves, do Ministério Público Estadual.

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Histórico do MPF.

Na década dos anos 90 foi criado o (MPF) Movimento Popular de Favelas. No dia 04 novembro de 2000, foi sua fundação e começamos um trabalho de reorganização e conscientização das lideranças, da massa favelada. A partir do momento que organizamos o seminário do Movimento Popular de Favelas, que ocorreu em agosto de 2001, pensávamos que as coisas aconteceriam apenas no Jacarezinho, em seu complexo. Mas perceberam que nós não íamos parar por aí. Começamos a receber convites, o movimento passou a ter visibilidade internacional. Com a organização do nosso primeiro Seminário de discussões sobre Direitos Humanos e Violência nas Favelas, reunido no CIEP da Favela de Nova Brasília no Complexo do Alemão, que contou com a presença de mais de mil pessoas, entre elas as lideranças, na discussão maior, para tirar propostas e formular a carta de intenções do resultado do seminário e transformá-lo em documento: que polícia nós queremos para atender as Comunidades, ou seja, as práticas policiais nas Favelas, estão matando nossos jovens, estão matando nossos filhos, não estão poupando nem as crianças; não existe respeito com os moradores das Favelas,

Como um ativista morador da Rocinha, maior favela da América latina e defensora de várias comunidades que sofrem todos os dias com seus direitos humanos desrespeitados, William de Oliveira assumiu a bandeira e a Presciência do Movimento Popular de Favelas. Defender os direitos humanos para mim, não e só nos momentos de violência policial ou criminal, pois quando o estado deixa uma família no alto de uma favela morando em um barraco de madeira, sem saneamento básico e condições mínimas de sobrevivência, isso também é desrespeito aos direitos humanos. Disse William

Alô companheiros, agora temos uma cadeira no Conselho Estadual de Direitos Humanos, vamos trazer suas reivindicações, defender nossas favelas e a população em geral.

Artigo II

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.