Os Estados Unidos estão comprando carregamentos de máscaras cirúrgicas para vítimas do coronavírus diretamente na Europa. São encomendas destinadas a países em crise e desviadas mediante pagamento até quatro vezes superior ao valor negociado. Não faz muito, os Estados Unidos ofereceram milhões de dólares aos cientistas do laboratório que tenta uma vacina contra o Covid19 para que dessem a eles a primazia da produção. Mas a vergonha não para por aí.
Entre os países europeus também corre livre a baixaria. A França confiscou um carregamento destinado à Espanha num porto em seu território. É global a sacanagem. Os Estados Unidos retiveram em Miami uma carga chinesa de 600 respiradores que vinham para o Nordeste brasileiro, adquiridas pelo consórcio de governadores da região. Sem qualquer explicação, o fornecedor chinês cancelou a compra.
Ninguém pode afirmar com certeza, mas como disse o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, na quarta-feira, 1º, “as compras brasileiras caíram depois da confirmação das compras americanas”. O grosso das vendas chinesas de equipamentos de proteção individual e outros para hospitais vão para quem pagar mais. Princípio do capitalismo de estado comunista da República Popular da China.
Brasil e outras nações periféricas no mundo capitalista terão de se adaptar, produzir seu próprio material e, sobretudo, resistir ao assédio do Grande Irmão do Norte para não deixar seu povo desassistido. O grande capital pagará ou roubará tudo o que precisar para defender sua gente, em prejuízo das populações abaixo do Rio Grande, latinos periféricos, subdesenvolvidos e pobres de espírito.
Ontem de manhã o presidente Donald Trump telefonou para Jair Bolsonaro. O que conversaram? O que transpirou? Do lado de cá, nada, silêncio; da Casa Branca, platitudes: “um grande presidente, está fazendo o melhor para o Brasil”, por aí. Nossa anta grunhiu algo, levantando o focinho enquanto mastigava uma herbácea oferecida no menu.
Nesta guerra não haverá vencedores, é melhor avisar. Os Estados Unidos foram quem, afinal, plantou o vírus em Wuhan durante os Jogos Mundiais Militares em setembro do ano passado. Os chineses não podem provar, mas têm a convicção do corno inocente. Mas a pandemia chegou aos culpados e não adianta Trump chamar o coronavírus de “vírus chinês”. Não cola.
Não adianta, tampouco, subornar e roubar, piratear e chantagear, podem levar para eles todas as máscaras que a China produzir, boicotar os países no seu quintal abaixo do equador, de nada valerá porque o mundo vai se safar de mais esta com todas as perdas previstas e mais outras que o governo Trump vai impor com suas ações malignas. Não adianta, a máscara caiu…