Ao aceitar o convite do presidente Lula para ser ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco diz encarar o desafio em nome da memória da irmã, Marielle Franco, e das mais de 115 milhões de pessoas negras no Brasil.
Segundo ela, a maioria da população brasileira precisa de um governo que se preocupe com segurança, comida, educação, emprego, cultura e dignidade.
“Encaro com orgulho e responsabilidade a missão de estar na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em 2023, órgão que foi pleiteado e conquistado pelo movimento negro anos atrás e construído pela gestão do presidente Lula”.
Trajetória de reivindicações
Há séculos, o movimento negro brasileiro vem pautando políticas públicas de reparação. “Minha relação com o movimento se estreitou nos últimos cinco anos, mas tenho certeza que é por meio da troca, diálogo, abertura e participação que vamos avançar”.
Segundo Anielle Franco, sua gestão não será isolada. Ela pretende trabalhar com todos os ministérios para recuperar o retrocesso dos últimos anos no Brasil.
Para a futura ministra, é preciso “avançar de forma urgente, necessária e inédita na garantia de direitos e dignidades para o nosso povo, para que possamos construir o Brasil do futuro”.
Instituto Marielle Franco
O Instituto Marielle Franco seguirá defendendo a memória da irmã da futura ministra, lutando por justiça, multiplicando o legado e regando as sementes plantadas pela vereadora assassinada em 2018.
Anielle declara que deixou de ocupar o cargo de diretora executiva no Instituto, que será gerido temporariamente pela equipe de gestão e apoiado pelo conselho e pela família até que seja feita a transição completa.
“Precisamos de mais de nós em todos os espaços de decisão da sociedade e seguiremos por todos os lados inspirando, conectando e potencializando mulheres negras, pessoas LGBTQIAP+ e periféricas a seguirem movendo as estruturas”, finaliza Anielle Franco.
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