Educação formal e violência: que encontro é esse? Este foi o tema central que norteou o debate sobre as diferentes manifestações de violência na escola. A discussão reuniu especialistas, educadores e ativistas sociais, através de uma live no Canal Social em Foco em parceria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
A atividade aconteceu há uma semana e o tema sobre violências nas escolas tem se tornado mais frequente, principalmente após os recentes episódios no país, e os participantes discutiram “acerca do espaço escolar e a violência no cotidiano entre estudantes e professores”.
O professor da rede privada de ensino de Recife (PE), historiador e pesquisador sobre a cronologia da violência, Eduardo Rangel, a partir de experiências vivenciadas em ambiente escolar expôs:
“Eu lembro que já estava em sala de aula, eu já estava trabalhando e alguns aqui com certeza vão lembrar do fenômeno que foi o filme `Tropa de Elite´ no Brasil em 2007, e aquilo no cotidiano escolar fez com que houvessem explosão de falas que copiavam os comportamentos né, eu vi alunos assim de 11, 12 anos repetindo que finalizar os colegas que queriam…, e descreviam como eram as cenas do filme”.
O historiador Eduardo finalizou apontando a prática da mediação como instrumento na promoção da cultura da paz.
O enfrentamento da questão social da violência está previsto no art. 5º, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990),`nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais´.
“A gente sabe que a violência é um tema que se apresenta preocupante para toda nossa sociedade como a gente está vendo ultimamente na mídia né, é mundial, para nós brasileiros tem notícia recente que é estarrecedora e difícil de compreensão, então, assim, a violência como um fenômeno essencialmente humano, ele [ser humano] é construído na história das civilizações e permeado por muitas modulações, tanto que é psicológico social e cultural. E, eu falando de adolescentes, eu digo que esses precisam ser melhor ouvidos e melhor olhados”, alertou a escritora, professora, doutora do curso de Enfermagem do Programa de Pós-graduação em Ensino na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu (PR), Elis Priotto.
O Estado brasileiro ao potencializar o que determina a Lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019, `dispõe sobre a prestação de serviços de Psicologia e de Serviço Social nas redes públicas de Educação Básica; assim como a Lei nº 13.277 de 7 de abril de 2016, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, estará corroborando na prevenção da violência no território escolar.
A iniciativa foi mediada pela professora doutora Beth Alcoforado, do curso de bacharelado em Serviço Social da Universidade de Pernambuco; e também contou com a participação da assistente social na Secretaria de Estado de Educação do Amazonas, coordenadora de Atenção à Saúde Psicossocial em Centros de Atenção Psicossocial, e Pós-graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas, Renata Freire; e do presidente do Instituto de Estudo e Ação pela Paz com Justiça Social (IAPAZ), psicólogo, ex-deputado estadual da Bahia, Álvaro Gomes.
De acordo com a coordenação do canal, `o @socialemfocooficial surge da necessidade de interação entre professores, alunos, profissionais, que diante da exigência do isolamento social, propôs a trabalhar conteúdos que possibilite uma junção entre o debate crítico, arte, e entretenimento.
A participação de palestrantes que tratem temas os mais variados possíveis: direitos sociais, educação, serviço social, direitos humanos, mercado de trabalho, uberização da vida, sofrimento emocional em tempos de pandemia, saúde, povos originários, privatização da água e das riquezas naturais, ecologia, movimento LGBTQI+, etc´.
Em caso de dúvida envie um e-mail para socialemfoco20@gmail.com
Assista ao vídeo na íntegra pelo Canal do Social em Foco
