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A Santa Casa de Misericórdia da Bahia e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), receberam através do comunicado, a indignação do Coletivo de Entidades Negras (CEN), organização nacional do movimento negro, sobre a estátua em homenagem ao traficante de negros africanos escravizados Joaquim Pereira Marinho.

Há 100 anos a estátua está em frente do Hospital Santa Izabel, no bairro de Nazaré, em Salvador.

O coletivo de Entidades Negras está colhendo assinaturas para um abaixo-assinado e deu prazo de cinco dias para que a estátua fosse retirada e destruída, caso contrário outras medidas serão tomadas.

Nascido em Portugal, no ano de 1816, Joaquim aportou em Salvador aos 13 anos. Órfão, ele começou a trabalhar como caixeiro e marítimo. Ainda adolescente resolveu se especializar no comércio de escravos e, aos 17 anos, trazia homens e mulheres africanos de países como Nigéria e Angola para o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

“Joaquim Pereira Marinho atuou como traficante de negras e negros escravizados(as), inclusive em flagrante violação da Lei Feijó, de 7 de novembro de 1831, que proibia, formalmente, a importação de pessoas escravizadas ao território brasileiro”, Coletivo de Entidades Negras.