A Exposição coletiva de arte – Cavaleiros de Jorge, terá início nesta terça-feria, 23, às 17h, e seguirá até o final do mês, das 9h às 17, no espaço de exposições de arte na UNEB /CEPAIA – Centro de Estudos dos Povos AfroÍndio-Americanos, localizado no Santo António Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador. Participam desta exposição os seguintes artistas visuais independentes: Denissena Fóssil, Daniel Luz,Digão, Edy Ribeiro, Jefferson Carvalho, Naum Bandeira, Neto Maia, SMK, Medusa Gonzaga e Kazú Tatuador.

O dia 23 se celebra o dia de São Jorge guerreiro. Símbolo de luta, fé, devoção e presente no sincretismo no Brasil através das religiões católica, de matrizes africanas e indígenas. A arte e religiosidade estão conectadas e diologam sobre as crenças religiosas, memória e legado cultural.

A exposição coletiva de arte contemporânea intitulada “Cavaleiros de Jorge” celebra o santo guerreiro São Jorge da Capadócia, cultuado na Bahia como orixá Oxossi e no Rio de Janeiro, e em outros estados do Brasil, é associado ao seu irmão, Ogum.

O objetivo é convidar o público a refletir por meio de produções artísticas inéditas que
transfiguram poeticamente sobre esculturas de gesso de São Jorge sobre o cavalo, medindo
30 cm x 25 cm, a luta do guerreiro (a) contra o dragão, que na contemporaneidade significa
vencer o mal. Cada artista produziu a sua estética trazendo símbolos, iconografias,
identidade étnica-racial, cores e formas com técnicas distintas sobre as esculturas.

O texto de arte é do babalorixá baiano Elson Sena, do Ilê Asé Maa Ase Ni Odé, convidado para traduzir a exposição na ótica religiosa, afetiva e lúdica. A exposição coletiva visa despertar a reflexão frente a contextualização sobre a imagem de São Jorge, não só devocional, como crítica, ética, cultural e sociopolítica. A curadoria é do artista visual
Denissena Fóssil, e na expografia a participação técnica de Edy Ribeiro.

As criações serão expostas em bases de madeiras reaproveitadas de árvores mortas encontradas pela cidade de Salvador/BA trazendo a educação ambiental, bem como despertar do público sobre a
necessidade de enfrentar o dragão do desmatamento que tem afetado o desequilíbrio no
planeta terra. Arte, política e espiritualidade coletiva gerando conexões profundas pelo
autoconhecimento, o desenvolvimento da consciência de cidadania, para a alfabetização
visual, potencialização da criatividade e a preparação de um público apreciador de arte.