O avanço das mídias sociais acarreta uma nova forma de trocar informações, antes para se conseguir uma informação era preciso comprar um jornal, assistir a um jornal televisivo ou ler um jornal online. Hoje qualquer um com um celular pode filmar ou escrever uma notícia, o monopólio de informação das grandes mídias chega ao fim. O que poderia ser uma coisa boa vira na verdade um grande problema da atualidade, as pessoas para convencer outras que suas opiniões e escolhas são erradas estão inventando notícias.
As grandes mídias têm um compromisso com a verdade, claro que suas ideologias podem transparecer em suas notícias, mas, os acontecimentos são reais. Porém, hoje vivemos um momento de grande descrença e as grandes mídias não escapam disso, assim, as algumas pessoas preferem acreditar no que recebem no WhatsApp do que no que é noticiado em grandes jornais. O maior problema disso é que nosso momento político está sendo influenciado por fake news, o resultado das nossas eleições pode ser influenciado por mentiras.
A situação ficou tão séria que a ministra Rosa Weber, hoje presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, convocou um encontro entre os representantes da campanha de Haddad e os de Bolsonaro para que tomassem medidas contra a disseminação de fake news nas mídias sociais. Para a reunião foram convidados os coordenadores de campanha dos presidenciáveis, porém, Gustavo Bebbiano, coordenador da campanha de Bolsonaro não compareceu, foram apenas seus advogados. O coordenador da campanha de Haddad, Emídio de Souza, compareceu acompanhado no advogado do PT.
Para tentar reduzir essa disseminação de mentiras algumas pessoas estão trabalhando para fazer a checagem de fatos, para então dizer o que é verdade e o que é mentira. A Agência Pública, Aos Fatos e o Globo (É ou não é?) já tem seus mecanismos de fact checking e tentam ao máximo trazer a verdade para a sociedade. Algumas medidas já foram tomadas para tentar diminuir o impacto das fake news, como Carlos Horbach, do TSE, que determinou que fossem excluídas todas as publicações feitas pelo candidato Bolsonaro com a expressão “kit gay”, que já foi declarada fake news. Mas mesmo assim, muitas delas ainda são repetidas e replicadas muitas vezes por eleitores nas mídias sociais, agora, nos basta esperar para saber os impactos disso na nossa democracia.