O pastor Renato Vargens afirma, no blog Pleno News, diz que “um falso profeta é aquele que afirma falar em nome Deus, sem contudo representar a Deus ou mesmo pertencer a Ele. Além disso um falso profeta propaga ensinos antagônicos as Escrituras, tomando para si uma autoridade que não lhe pertence afirmando ser aquilo que Deus diz que Ele não é.”
Fazendo uma analogia artística da palavra, eu acredito que um falso poeta é quem luta contra seu próprio povo. É aquele (a) que, independentemente do uso erudito ou coloquial da língua, matéria prima da poesia, se conhecedor profundo ou superficial das figuras de linguagem ou do talento para a arte, utiliza dessas ferramentas para destilar seu ódio e repugnância ao ser humano.
E desses falsos poetas nossa plêiade está repleta. Tem deles que defendem o extermínio de jovens negros nas periferias, acreditam que quanto menos direitos sociais mais o povo será feliz. Vários falsos artistas pregam que não é necessário o financiamento das atividades culturais e educacionais e que o Estado não tem obrigação de cuidar de sua população.
Há, inclusive, os que defendem que um governo fascista, machista, homofóbico, misógino, destruidor do meio ambiente, defensor da ditadura e contra os direitos humanos é o melhor de todos os tempos.
E fazem tudo isto e muito mais sob o argumento de que possuem direito de falar o que quiserem, escrever o que desejarem, porque têm liberdade de expressão, inclusive, para difamar, mentir, espalhar notícias falsas, pregar o ódio e a intolerância social, religiosa e excluir as minorias. A poesia, porém, tem missão nobre, tornar leitores e escritores mais humanos.
* Matéria publicada no Jornal A Voz da Favela, Salvador, edição de janeiro 2019