A primeira vítima da reunião ministerial gravada em 23 de abril e usada por Sérgio Moro em sua acusação de pressão por interferência na Polícia Federal deverá ser o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Parlamentares e a ala militar do governo pedem sua cabeça por resistir a ceder o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE, ao Centrão e pela oposição cerrada ao adiamento do Enem deste ano.
Facilmente influenciável pelo seu entorno, o próprio presidente dá sinais de contrariedade com o ministro, que entornou o caldo na tal reunião ministerial ao rotular os ministros do Supremo Tribunal Federal de “11 filhos da puta”, o que soou mal mesmo aos tímpanos tarimbados de Bolsonaro. Do desconforto causado surgiu a oportunidade para o núcleo militar e o Centrão pressionarem pela demissão de Weintraub. No Congresso aposta-se na troca no MEC depois da pandemia.