Após um acordo entre os parentes das vítimas da chacina na favela de Vigário Geral, com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), do Rio de Janeiro, o governo do Rio de Janeiro será obrigado a retomar o pagamento de pensões mensais vitalicia às famílias de vítimas da chacina.
De acordo com o governo, os pagamentos estavam suspensos por um problema burocrático.
A famílias também vão receber todo valor que deixou de ser repassado entre 2019 e 2020 deverá ainda na primeira semana de janeiro.
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assinou decreto no último dia 31, determinando a retomada dos pagamentos.
A pensão mensal vitalícia, no valor de três salários mínimos, foi instituída pela Lei Estadual 3421/2000. O benefício deve ser pago ao cônjuge, companheiro ou ao parente mais idoso, ascendente, descendente e colateral até segundo grau.
A chacina
Homens encapuzados executaram 21 moradores na madrugada de 29 de agosto de 1993. Segundo informações, a chacina do Vigário Geral, foi uma vingança por conta da morte de quatro policiais que foram executados por traficantes na região.
Mas o que foi apurado é que as vítimas não tinham relação com o tráfico de drogas.
Mais de 50 pessoas foram denunciados pelo Ministério Público pelo envolvimento no crime, mas apenas quatro foram condenados, todos policiais.
O único acusado que ainda se encontra preso é Sirlei Alves Teixeira.